Vereadora Maria Elena denuncia violência obstétrica durante trabalho de parto em Petrolina e região

por Carlos Britto // 28 de maio de 2019 às 10:43

Maria Elena. (Foto: Blog do Carlos Britto)

O Programa Carlos Britto, na Rural FM (103,1), recebeu hoje (28) a vereadora de Petrolina, Maria Elena (PRTB), para falar sobre a violência obstétrica na região. Ela já havia debatido o tema na Tribuna da Casa Plínio Amorim, chamando atenção das autoridades para o problema que atinge muitas gestantes.

Segundo Maria Elena, “a sociedade é silenciosa em relação a isso, embora os clamores dessas mães”. “Quantas mulheres morrem, quantos bebês morrem por falta de assistência nas maternidades?”, questiona a vereadora, chamando a atenção do Estado. “A violência obstétrica é exatamente essa violência de o Estado não ter esse olhar mais humanizado para receber essa mãe que precisa ter seu filho num ambiente mais propício”, argumenta.

Embora cause danos físicos e psicológicos, a violência obstétrica ainda não é considerada crime no Brasil, diferentemente de outros países da América do Sul, como Argentina e Venezuela, segundo sites especializados no assunto.

No início deste mês de maio, uma nova orientação do Ministério da Saúde pede que seja evitado e, possivelmente, abolido o termo “violência obstétrica” em documentos de políticas públicas. O despacho foi assinado pela coordenadora-geral de Saúde das Mulheres, Mônica Almeida Neri, pelo diretor do departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Marcio Henrique de Oliveira Garcia, e pelo Secretário-Executivo substituto, Erno Harzheim.

Conforme esse despacho, o termo “violência obstétrica” se refere ao uso intencional da força e, portanto, não é aplicável a todos os incidentes que ocorrem durante a gestação, parto ou puerpério. A expressão é considerada “imprópria” pelo Ministério da Saúde, pois acredita que, nos momentos de atendimento à mulher, “tanto o profissional de saúde quanto os de outras áreas, não têm a intencionalidade de prejudicar ou causar dano”.

Casa de Partos

Maria Elena disse ter falado com a secretária de Saúde, Magnilde Albuquerque, sobre a Casa de Partos, prometida pelo prefeito Miguel Coelho, para ‘desafogar’ o Hospital Dom Malan (HDM)/Imip, principal do Sertão. “Ela só não está bem evoluída, porque teve um problema jurídico. A empresa abandonou e a Prefeitura está se preparando para uma nova licitação. O prefeito está providenciando a maternidade municipal”, reforçou a vereadora.

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