Universidade nº 1 em ranking mundial tem só cinco estudantes do Brasil e um deles tem raízes em Petrolina

por Carlos Britto // 09 de outubro de 2011 às 10:07

Cinco brasileiros podem dizer, hoje, que estudam na melhor universidade do mundo: o Instituto de Tecnologia da Califórnia. O Caltech, como é conhecido, apareceu em primeiro lugar no ranking das melhores faculdades do mundo divulgado na quinta-feira (6) pelo Times Higher Education (THE), superando instituições tradicionais como Harvard, Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), Cambridge e Oxford.

Tornar-se um aluno do Caltech é uma vitória para qualquer estudante. Trata-se de um instituto pequeno se comparado à Universidade de Harvard, por exemplo, que no ano passado liderava o ranking. O Caltech tem 2.175 universitários matriculados, 967 em cursos de graduação e 1.208 na pós-graduação. Harvard, por sua vez, tem mais de 21 mil alunos, dez vezes mais a população acadêmica do instituto californiano.

O grupo brasileiro é composto atualmente por três doutorandos e dois estudantes de graduação. Mas, para desembarcar na cidade de Pasadena, na região de Los Angeles, onde fica o campus, eles tiveram que passar por um processo de seleção extenso que inclui análise de currículo, vestibular em inglês, prova de proficiência no idioma e, no caso dos candidatos da pós-graduação, uma bateria de entrevistas presenciais.

Segundo relato deles ao G1, são necessários no mínimo cinco meses para reunir todos os documentos requisitados pela universidade, incluindo cartas de recomendação e certificados de participação em atividades extra-curriculares. É necessário ainda marcar as provas específicas com antecedência, pois elas não são frequentes no Brasil.

Pedro Coelho,  de 24 anos (foto), filho do ministro Fernando Bezerra Coelho, que desde os 15 estuda no exterior, afirma que, “por ser uma escola tão pequena, existem poucas atividades relacionadas à vida social do campus, então para se ter uma ‘vida normal’ os alunos terminam tendo que explorar a agenda de lazer de Pasadena e Los Angeles”. Ele faz seu doutorado em bioquímica, no Caltech, depois de ter cursado a graduação e o mestrado na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Segundo ele, a opção pelo instituto aconteceu porque ele tem um “excelente programa em bioquímica. A sensação é que o lugar respira ciência”.

Os brasileiros acham que o título é merecido, e creditam o mérito ao tamanho do Caltech. “Aqui a pesquisa é muito focada, abrangendo relativamente poucas áreas, mas é pesquisa de primeira qualidade. E, devido à pequena quantidade de alunos, os professores tipicamente têm mais tempo para os alunos que em outros lugares”, conta Freitas.

Pedro Coelho diz ainda que “o Caltech tem uma concentração anormal de pessoas entusiasmadas com ciência. A sensação é que o lugar respira ciência. O interessante é que os alunos não só são muito talentosos, mas também realmente gostam do que fazem e conseguem encontrar satisfação na vida científica desde uma fase muito jovem. O ambiente intelectual é bastante rico e existe uma cultura ‘hands-on’ (‘mão na massa’) de aprender ciência fazendo ciência, que acho que é um dos diferenciais daqui.”

Processo de seleção

Os brasileiros provam que é possível ser aceito pelo Caltech, mas alertam que o processo seletivo é trabalhoso. Alex Takeda decidiu em agosto de 2008 se inscrever no instituto, e afirmou que precisou correr contra o relógio para cumprir todos os requisitos e enviar sua aplicação dentro do prazo, que ocorre todos os anos em dezembro.

Segundo a assessoria de imprensa da instituição, estudantes internacionais de graduação precisam fazer o vestibular padronizado americano, chamado Scholastics Aptitude Test (SAT). O exame conta com uma prova de redação e provas menores com matérias escolhidas pelo candidato. Em geral, para quem quer estudar em um instituto tecnológico, as provas devem incluir matemática, química e física. Além disso, é necessário fazer o Toefl, exame americano que mede a proficiência em inglês de estrangeiros.

Os brasileiros que realizaram o SAT contam que as questões de exatas não são muito exigentes. “A redação foi um pouco mais complicada para mim, mas no geral achei que as provas de matéria são até simples”, conta Takeda. Ele recomenda que os candidatos treinem em provas anteriores para se familiarizarem com o exame. (Do G1)

Universidade nº 1 em ranking mundial tem só cinco estudantes do Brasil e um deles tem raízes em Petrolina

  1. MARIA ELENA disse:

    Pedro, parabens por todo esse esforço. Esses centros Academicos nesses dois Continentes( Americano- California e Europeu-Reino Unido), conheceram a força do nosso jovem Sul-Americano-Brasileiro. Seu exemplo de sucesso motiva e engrandece a nossa alto estima. e são historias de sucesso como essa que tem, também, contribuido para esse novo momento brasileiro frente ao observatório internacional onde o Brasil passa a ser visto mais competitivo, etc, etc … Do experimento ao aval da ciência há um longo período que vc. vem perseguindo-o com obstinação e prazer. Lá qdo. se sentires confortavel, volte e venha nos emprestar um pouco dessa excelência, além de bem alimentar essa amizade e adimiração que só vc. soube provocar em todas(os) nós. Fte. abraço. elena.alencar@terra.com.br

  2. Maria Elena disse:

    Reli o meu texto e vale uma explicação. Na expressão “que só vc ” esta funcionando como reforço e nunca como exclusão , desde qdo. todos (as) nos são muito queridos. FTE. ABRAÇO.

  3. Agatha disse:

    Enquanto isso o Inep (MEC) faz um processo medíocre de seleção para as universidades federais do Brasil. Provas que privilegiam questões com o Garfield (história em quadrinho) em detrimento dos autores da literatura brasileira. Prova em que o mais importante é ser rápido e não o com melhor formação intelectual, pois a prova é uma verdadeira “maratona”, 90 questões para serem respondidas em 4.30.
    Que tipo de aluno as universidades estão recebendo? Parece que o ministro da educação Fernando Hadad está mais preocupado com a eleição dele à prefeitura de São Paulo. Pobre Brasil.
    A propósito, parabéns, Pedro Coelho.

  4. JEZIEL JUNIOR DA CRUZ disse:

    Não tenho dúvida que essa será uma das melhores notícias do Blog no ano 2011, mostra que podemos ir muito longe, que não temos só as melhores frutas do mundo, temos também os melhores cabeça, e a nossa juventude irão conquistar o MUNDO.
    Parabéns PEDRO COELHO, não tenho duvida que você ralou muito para chegar aonde chegou, você é exemplo para Juventude Petrolinense, que vale apena dedicar aos estudos.
    SUCESSO!!!!!!!

    1. Juazeirense disse:

      Parabéns ao Pedro, que tem condições de fazer a sua vida fora do Brasil. Mas quanto ao comentário infeliz do Sr, falta um pouco de senso, pois basta olhar para os que aqui estudam e ver que continuaremos tendo as melhores frutas por longos anos… É hora de dar parabéns a PC, mas também, é hora de cobrar melhores escolas e mais oportunidades aos filhos dessa terra mãe gentil…

  5. João Guilherme disse:

    Gostaria de parabenizar Pedro, um cara que sempre soube valorizar o estudo e conseguiu chegar no topo do conhecimento científico sem esquecer de suas raízes e nem dos velhos amigos.
    Um abraço, vc merece

  6. Andrade, José Bezerra disse:

    Parabéns PEDRO COELHO.
    VC ñ só será uma exemplo hoje. Como tem sido notório em sua família e familiares o sucesso tem chegado com exemplo de esforços e dedicação. Tenho certeza q qdo voltar definitivamente para nosso pedaço de chão sertanejo, será para servi a sua gente.
    Nós petrolinenses te aguardamos.

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