Univasf passará a adotar cotas para negros, pardos e indígenas

por Carlos Britto // 27 de novembro de 2012 às 07:40

A Universidade Federal do Vale do São Francisco passará a adotar cotas de vagas para negros, pardos e indígenas na instituição.

A decisão foi aprovada na última sexta-feira (23) pelo Conselho da universidade, no Complexo Multieventos do Campus Juazeiro.

Na Univasf, o ingresso dos estudantes incluídos nas três categorias ainda não era praticado. Por isso a medida foi considerada pelo Núcleo da universidade “um dia histórico”. A decisão que reserva de vagas para negros, pardos e índios em instituições federais de ensino superior é respaldada pela Lei 12.711/2012, pelo Decreto 7.824/2012 e pela Portaria do MEC (18/2012).

Univasf passará a adotar cotas para negros, pardos e indígenas

  1. pedro galesi disse:

    Uma medida justa que irá beneficiar 99% da população nordestina que tem no sangue alguma geração dos índígenas ou dos africanos. Gostaria de perguntar, sem ofender: o que aconteceu com a Pró-Reitoria de Planejamento da UNIVASF? A falta de explicação, gera um desconforto, pois parece estão escondendo situações incomodas.

  2. André Coelho disse:

    Eu penso exatamente o contrário, que essa atitude não tem um mínimo de justiça. Destinar tratamento diferente a quem é igual, senão pela descendência, pela cor da pele (que ainda não tem um mecanismo seguro e eficaz de aferição) é simplesmente ridículo, assim como todo e qualquer tipo de segregação, preconceito. Como aluno da UNIVASF me sinto profundamente decepcionado. O tratamento diferenciado deve ser dado, de fato, para aqueles que não reúnem condições, seja lá quais, psicológica, social, o escambau, não sei. Gritante mesmo é fazer uma criança que precisa trabalhar na infância (mesmo sendo ilegal) e que se desenvolve dentro da máquina (ridícula) educacional pública com outra criança que dispõe de recursos, financeiros, sociais, para alcançar um nível de instrução maior. Entretanto, privilegiar alguém pelo simples fato de ter na cor uma diferença é destratar todos os demais, é pesar com medidas diferentes esforços iguais, quiçá desproporcionais. Se eu fosse afrodescendente, indígena me recusaria a isso, todos nós somos seres humanos, dotados das mesmas condições, sentimentos, forças, fraquezas… é lamentável! O problema é que a grande maioria gosta desses artifícios pois são fáceis de usar como escudos, como atalhos, como políticas. Para onde vamos com profissionais que precisam se autodeclarar diferentes, sendo iguais, para conseguir acesso a algo??

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