Um poema para o ministro da Integração Nacional nunca esquecer

por Carlos Britto // 13 de janeiro de 2011 às 22:10

Como ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho conhece muito bem uma das atribuições que terá no seu novo desafio: garantir políticas de preservação do Rio São Francisco.  E foi em homenagem a ele que seu primo Luiz Eduardo Coelho enviou ao Blog este poema de J.Antonio D’avila (o ‘Zuzu’): 

RIO SÃO FRANCISCO

Rio São Francisco

milionário vestindo farrapos

farrapos de velas imensas que arrastam barcaças

– sonolentas, bem lentas –

rio acima

rio abaixo.

E no bôjo das barcas

bem lentas

sonolentas

vem peixe sêco (surubí, couro de onça e jacaré

mamona, caroá, maniçoba, “januária”, rapadura…

Vem tanta coisa

tanta riqueza

tanta fartura!

Se você visse então nossos barqueiros

sertanejos bem fortes bem brasileiros

remando cantando as mais lindas canções

estrêlas rimando com o olhar de morenas

olhar que é estrêla nas noites serenas

E às margens do rio de águas caudalosas

pequeninas cidades com histórias famosas

de congadas, tiroteios,

ladainhas

jagunços

e novenas

e amantes que roubem mulheres morenas!

Ah! Meu Rio São Francisco –

o rio mais brasileiro

que não podendo abraçar inteirinha tôda imensa

[ e bela terra brasileira]

se despedaça

se suicida

no estrondo de uma cachoeira.

 

J. Antonio d’Avila/(Do livro de poemas “Vento cansado”)

Um poema para o ministro da Integração Nacional nunca esquecer

  1. Fabiano disse:

    Alguem ai tem algum terreno pra me vender, com precinho camarada???

  2. Luiz Fernando D'Ávila disse:

    Linda homenagem ao meu pai. Obrigado. Hoje é o dia nacional da poesia e encontrei este site via Google. Parabéns!

  3. LUIZ FERNANDO d'ÁVILA disse:

    Meus antepassados, tio Clementino Coelho , casado com minha tia-avó Maria Josefa de Sousa Coelho , irmã da minha avó Maria Isaías de Sousa d’Ávila , emprestaram os três o sangue para que misturado com as águas do ” Rio mais Brasileiro “, dar continuidade à saga dos afortunados defensores da integridade nacional , que começou com Garcia d’Ávila , o Barão da Torre ,e ,está tendo continuidade com os descendentes no afeto patriótico de abraçar toda , inteirinha , a amada terra brasileira como descreve o poema do meu saudoso pai , J.Antônio d’Ávila !

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