Trabalhadores da Amacoco cruzam os braços em busca de reajuste salarial

por Carlos Britto // 02 de maio de 2013 às 18:33

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Os trabalhadores da Amacoco, que representa o grupo Pepsico na região, estão de braços cruzados desde a última segunda-feira (29). Entre as reivindicações da categoria está o pedido de reajuste do salário, que passaria de R$ 695 para R$ 715. A produção na fábrica em Petrolina está parada, apenas os gerentes e encarregados estão trabalhando esta semana.

Os funcionários tentam negociar as reivindicações desde setembro de 2012. Depois de três dias de greve, a empresa enviou uma contraproposta que foi aceita parcialmente pelos trabalhadores. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado de Pernambuco (Sindbeb), Gilvan José de Lima, a Pepsico acatou o reajuste salarial. No entanto, a empresa quer implantar o banco de horas, o que não é aceito pela categoria.

“Além do reajuste salarial retroativo a 1º de maio, a empresa elevou o valor da nossa cesta básica de R$ 68 para R$ 90. Mas eles querem casar essa proposta com um banco de horas, em que os trabalhadores não recebem hora extra, apenas acumulam o tempo trabalhado para que no período de baixa produção sejam mandados para casa, já que a empresa trabalha em épocas de sazonalidade”, explica Gilvan.

A nova proposta, sem o banco de horas, foi enviada para a sede da empresa em São Paulo. Enquanto isso, cerca de 150 trabalhadores permanecem mobilizados em frente a Amacoco em Petrolina, na BR-407. A empresa produz água de coco para o mercado nacional e exportação. Atualmente, também há testes para a produção de sucos de uva e maracujá.

Sem segurança

Na tarde desta quinta-feira (2), representantes do Ministério do Trabalho estiveram na empresa para averiguar denúncias sobre a falta de segurança no local. Na manhã de hoje, um trabalhador caiu de uma altura de cinco metros enquanto dirigia um caminhão.

“Um companheiro nosso, que foi trabalhar pressionado pelo seu coordenador, estava no serviço de forma insegura, em cima de um caminhão e sem aparato de segurança. Ele caiu de uma altura de cinco metros, não veio a óbito, mas está hospitalizado em estado estável. No momento do acidente, o aparato de emergência não funcionou e o funcionário foi socorrido sem os devidos cuidados”, denuncia Vanilson Oliveira Reis, um dos integrantes do Sindbeb/PE.

De acordo com Vanilson, o uso de equipamentos de segurança é uma cobrança antiga da categoria. “Nós já encaminhamos várias denúncias à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), chamamos o técnico de segurança, mas nada foi feito. Como uma empresa do porte da Pepsico, que se diz referência em segurança, deixa acontecer acidentes dessa natureza?”, questiona. O Blog deixa espaço aberto para a empresa se pronunciar sobre o assunto.

Trabalhadores da Amacoco cruzam os braços em busca de reajuste salarial

  1. Thaddeus Y. Parks disse:

    Nildo comenta: “A Aresta ofereceu diretamente aos trabalhadores Participação de apenas R$ 70,00, sem consultar o Sindicato. Como a empresa não se manifestou mais, entramos em ação. Queremos um valor que deixe o trabalhador satisfeito”. Daniel conclui: “Se não for apresentada a proposta, os companheiros da Aresta vão entrar em greve já na semana que vem”.

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