O Memorial da Medicina de Pernambuco – um marco histórico e cultural – enfrenta uma crise sem precedentes. Neste sábado (27), representantes de várias entidades médicas do Estado se reuniram para discutir ações emergenciais para a recuperação do prédio histórico do memorial.

Na sexta-feira (26), parte do telhado do memorial que fica no Recife desabou, resultando na interdição imediata de todas as salas em funcionamento. Isso deixou várias instituições sem sede, apesar de terem um calendário de atividades em pleno funcionamento.

Hildo Azevedo, presidente da Academia Pernambucana de Medicina (APM), expressou sua preocupação com a situação atual do memorial. Segundo ele, a condição do prédio reflete a falta de interesse pela preservação da história. “Após a pandemia, as salas da APM estavam deterioradas por pragas, mas não receberam apoio da administração do prédio”, disse. Walber Steffano, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), destacou a importância da mobilização imediata das entidades médicas estaduais. Ele vê a reunião de sábado como o primeiro passo para reverter a situação atual.

A Defesa Civil foi acionada e fará uma vistoria na estrutura na próxima segunda-feira (29). Isso permitirá que as instituições entrem no prédio para resgatar o acervo e outros materiais utilizados em suas atividades. O prédio, que é um patrimônio histórico, foi doado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na década de 50. Desde 1983, ele tem sido usado como um memorial e abriga várias instituições que buscam preservar a memória da medicina estadual.