Tango argentino e homenagem a Dominguinhos emocionam público do 4º Festival Internacional da Sanfona

por Carlos Britto // 16 de julho de 2016 às 14:17

Foto: arquivo/Ascom divulgação

Emoção e interatividade não faltaram ontem (15), na terceira noite do 4º Festival Internacional da Sanfona. Com Oswaldinho abrindo o espetáculo ao som de ‘Asa Branca’, numa pegada de blues, Mestrinho num estilo irreverente homenageando o grande Dominguinhos e a dupla argentina de tango Vanina Tagini e Gabriel Merlino conquistando simpatia com a brasileiríssima canção ‘Chega de Saudade’, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o público ficou dividido entre ovacionar os artistas e cantar à capela no auditório lotado do Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA).

Oswaldinho caiu no gosto do público quando, entre uma música e outra, narrou momentos de sua vida. Solicitado pela plateia, o instrumentista tocou uma das canções de seu pai, Pedro Sertanejo, pioneiro do forró em São Paulo, e uma que fez para a filha, com o título engraçado ‘Corre para não apanhar’. Pouco depois, os fãs de Mestrinho aplaudiram também o gingado do cantor e sanfoneiro. O destaque foi o repertório do artista, que emocionou a todos com a música ‘Em minha alma’, dedicada ao também saudoso cantor acordeonista, Dominguinhos.

A dupla Vanina Tagini e Gabriel Merlino veio logo em seguida. Fez um passeio pelos estilos musicais da Argentina tocando clássicos como ‘Alfonsina y el mar’ e ‘Yo Soy Maria’, este último de Astor Piazzolla. A voz firme e afinada de Vanina, acompanhada pelo esposo bandoneonista, fez a noite ser mais romântica para os casais que assistiram a apresentação. Os dois saíram do palco sob os aplausos do público presente.

Os shows dos artistas foram à noite, mas o festival da sanfona começou bem antes. Logo pela manhã, o professor instrumentista Edglei Miguel ministrou a última aula da oficina de acordeon. As exposições de sanfona e de fotografia também levaram as pessoas a passearem pelos corredores do João Gilberto. À tarde, Chico Chagas e Nelson Faria, dois dos mais respeitados acordeonistas do Brasil, concluíram o workshop de improvisação musical, em que falaram sobre escalas, acordes, centros tonais maiores e menores e o desenvolvimento do fraseado. Às 17h, a programação seguiu com a ‘Jam Sanfona Session’, espaço que durante três dias deu oportunidade para acordeonistas da região e de outros estados se apresentaram na casa de João Gilberto em Juazeiro.

Show de encerramento

“Nada é para sempre” é uma frase que se aplica bem ao 4º Festival Internacional da Sanfona. O evento encerra a edição 2016 neste sábado (16), mas em grande estilo. A Orla Nova da cidade baiana receberá no show de encerramento cantores e instrumentistas consagrados no cenário artístico nacional e internacional. Fagner e Targino Gondim, ao lado de Chico Chagas, Daniel Itabaiana, Flávio Baião, Wanderley do Nordeste, Silas França, Murl Sanders, Vanina Tagini e Gabriel Merlino farão, a partir das 19h, apresentações especiais, às margens do Rio São Francisco. (fonte: CLAS Comunicação/foto: Ivan Cruz “Jacaré”)

Tango argentino e homenagem a Dominguinhos emocionam público do 4º Festival Internacional da Sanfona

  1. Petró disse:

    Rapaz, Juazeiro é mesmo um berço da cultura.
    Muito bom os eventos que acontecem lá Centro de Cultura João Gilbeto.
    Esse Festival Internacional da Sanfona é Show.

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Últimos Comentários

  1. Era tão articulado que foi eleito sem voto pelos militares. Não ganhou por mérito próprio, foi imposto.