Sobre lançamento do livro do professor Rivas, leitor comenta: “É bom ser do bem”

por Carlos Britto // 17 de março de 2014 às 21:03

Professor Rivas1O lançamento do livro ‘Convivendo com a memória’, de autoria do professor Rivas (foto), ainda repercute na região. A noite foi marcada por lições de vida e de amor, para o leitor e radialista Omar Babá Torres. Em artigo enviado ao Blog, Babá transmite um pouco da emoção daquele momento e chama a atenção para os verdadeiros valores, transmitidos de forma simples pelo professor Rivas e sua obra.

Segundo Babá, um dos momentos mais emocionantes foi a homenagem que o autor fez para o filho e médico, Márcio Espínola, que morreu há um ano depois de ser agredido no Carnaval de Salvador. A presença de várias pessoas no lançamento também chamou a atenção. Conhecidos e desconhecidos que estariam ali apenas para ver e sentir como “é bom ser do bem”.

Vejam:

É bom ser do bem

A noite de 14 de março de 2014 será sempre lembrada como a noite de marcantes lições de vida e de amor, de exaltação da dignidade e de fortalecimento de valores que dignificam o ser humano.

As centenas de pessoas que acorreram ao Complexo Multieventos da Univasf, em Juazeiro, para o lançamento do livro “Convivendo com a memória”, da autoria do Profº Rivadávio Espínola Ramos, nem perceberam quando a emoção circulou disfarçada e anônima por entre elas e depois, sorrateiramente, se aninhou no coração de todos.

As palavras, que poderiam traduzir calorosas manifestações de amizade, admiração, reconhecimento e respeito por um homem simples, de aparência frágil, de coração sabidamente sofrido, sem poder político ou econômico e que, ao contrário dos que sucumbem ao poder, onde já esteve, foi e é naturalmente um cidadão comum, um autêntico homem do povo, se tornaram dispensáveis.

Se não era para reverenciar um escritor famoso, bajular um político poderoso, enaltecer um homem rico ou admirar a beleza física de quem se molda aos padrões da moda, por que estavam ali aquelas centenas de pessoas de diferentes segmentos sociais e idade?

Estavam para confirmar ao mundo, pela emoção dos seus silenciosos corações, que valorizam quem é bom, que mesmo encolhidas com medo de perder, mais ainda, bens e valores tão caros, ainda têm esperança que a humanidade entenda que vale a pena amar, que é bom ser do bem. O Rivas físico que vimos se tornou embalagem pequena para as imensas e admiráveis qualidades que carrega e, humildemente, disponibiliza para todos.

É importante destacar também outra presença marcante naquele ato: seu filho, Márcio Espínola, que já não está entre nós. Tudo quanto dele se falou, fortaleceu a convicção de que ele foi uma feliz tradução da sua família. Márcio não é um personagem. Não foi inventado a partir da tragédia e apresentado na saudade como um produto bem avaliado, admirado e valorizado. Ele foi o resultado dos valores que lhe foram transmitidos e do amor que recebeu.

Suas admiráveis qualidades não foram adquiridas somente nos bancos escolares, na faculdade que cursou ou no convívio social. Elas são a parte visível da construção erigida sobre sólido alicerce fundado na relação familiar.

Por tudo que fez nessa curta passagem entre nós, Márcio confirma Nelson Mandela: “O que conta na vida não é o fato de termos vivido. É a diferença que fizemos para a vida dos outros”. E será sempre lembrado no grande poeta chileno Pablo Neruda “Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já…”

Para os que inadvertidamente se deixam dominar pela crença de que no mundo de hoje só tem lugar para materialismo, individualismo, hedonismo e exibicionismo, que humildade, honestidade, ética, moral e bons costumes são coisas antigas de um passado que deve ser sepultado, que é mais importante ter do que ser, advertimos: Vocês estão totalmente equivocados. Atentem ao Profº Rivas e se convencerão de que vale a pena ser bom e amar o que é do bem.

Omar Babá Torres/Radialista

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