Sobe para 49 número de moradores não localizados após incêndio em prédio; acidente doméstico é principal hipótese da tragédia

por Carlos Britto // 02 de maio de 2018 às 12:39

(Foto: Amanda Perobelli/Estadão)

O número de moradores do Edifício Wilson Paes de Almeida, no Largo do Paiçandu, que ainda não se apresentou à equipe de assistência social da Prefeitura de São Paulo, subiu para 49 pessoas. Na madrugada, chegou a ser informado que mais pessoas teriam sido identificadas, reduzindo esse número para 29. Mas, depois, o número voltou para os 44 informados no dia anterior.

A única pessoa considerada oficialmente desaparecida é um homem identificado como Ricardo, que chegou a passar pelo processo inicial de resgate, que não foi finalizado devido ao desabamento. “Esse número é de 49 pessoas que não se apresentaram para o cadastramento”, ressaltou o tenente Guilherme Derrite.

Os dados da Prefeitura de São Paulo revelam que 317 pessoas viviam no local consumido por um incêndio na madrugada de terça-feira, 1. No momento, o processo de retirada dos escombros ocorre de forma manual e, nas beiradas, com o auxílio de uma retroescavadeira.

O major Schroeder afirmou que os agentes estão usando equipamentos menores como britadeiras para retirar as estruturas e só 48 horas após a tragédia, quando a chance de encontrar alguém com vida é quase nula, eles passarão a usar máquinas pesadas como retroescavadeiras.

Além de Ricardo, moradores da ocupação disseram que uma mulher chamada Selma não teria conseguido sair do prédio com seus dois filhos gêmeos de oito anos de idade. “Todo mundo conhecia a Selma, lutadora como a gente. Ela morava no oitavo andar e não conseguiu sair”, contou o desempregado Cosme Aleixo da Silva, de 54 anos.

Investigação

Um acidente doméstico é a principal hipótese levantada para explicar o incêndio que fez com que o prédio desabasse, segundo secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Mágino Alves. Ele foi ao local do acidente, no Centro de São Paulo, na manhã desta quarta (2).

A primeira linha de investigação é que foi provavelmente um acidente doméstico. É o que se fala até agora. Uma briga de casal também ocorreu. Mas parece que também ocorreu um acidente doméstico. Parece que uma explosão de botijão ou de uma panela de pressão. Isso vai ser apurado no seu devido tempo”, disse Mágino. (Fonte: Estadão/G1)

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