A direção regional do Sindifisco-PE em Petrolina tece duras críticas ao modelo de avaliação da Diretoria Regional da Receita (DRR) em relação ao desempenho dos seus funcionários.

Em nota, o Sindifisco repudiou publicamente a atitude da DRR e pediu aos funcionários que procurem a entidade, caso sofram assédios morais. A entidade pretende tomar medidas judiciais contra o que tachou de “abuso de poder” e “autoritarismo” por parte do órgão fazendário:

O modelo de “avaliação” implantado na 3ª DRR, sem qualquer embasamento legal e à revelia da Administração Tributária, vem provocando constrangimento entre os colegas que trabalham nos postos fiscais, que têm seus nomes expostos em um ranking, destacados em vermelho, caso não atinjam metas estabelecidas aleatoriamente. Tal situação arbitrária foi comprovada no dia 8 de setembro último, quando o presidente do Sindifisco-PE, José Pessoa Lins, e o diretor jurídico, Alexandre Wanderley de Moraes, visitaram a regional.

No dia seguinte foi realizada reunião setorial na agência de Petrolina, onde o diretor da regional, José Francisco Duarte, participou e disse que assumia a responsabilidade pelo modelo em questão, que é desconhecido pelo secretário da Fazenda, de acordo com o superintendente de Gestão de Pessoas, Antônio André, segundo ele mesmo declarou durante o 13º Conafaz, no mês passado.

Inclusive, durante a reunião, uma colega deu um depoimento que causou espanto entre os que estavam presentes, tamanha demonstração de abuso de poder usado contra ela. A colega, que terá seu nome preservado, disse, aos prantos, ter sido deslocada para exercer suas funções no almoxarifado sob alegação de falta de concentração e destratada pelo diretor da regional, dentro da diretoria, com palavras chulas. Vale salientar que o mesmo ouviu o depoimento, mas não a desmentiu.

Diante de uma situação inaceitável como esta, aqueles colegas que se sintam assediados moralmente, em especial os que trabalham nos postos fiscais da 3ª DRR, procurem o Sindifisco para que possamos impetrar o competente processo de assédio moral. O material recolhido por nós nos postos fiscais de Araripina, Ibó, Izacolândia e Juazeiro caracteriza bem esse constrangimento.