Os médicos de Petrolina mobilizam-se em prol de soluções para a categoria que está sem condições de trabalho e em defesa da manutenção e ampliação do atendimento a saúde a sociedade de Petrolina.
Em entrevista coletiva realizada hoje (31) com os membros do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) e do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), entre eles Antônio Jordão, Helena Carneiro, Carlos Tadeu Carlheiros e Dilma Belfort. Ficou esclarecido que é necessário aumentar o atendimento a saúde. “Fomos surpreendidos com o fechamento da policlínica do hospital Dom Malan, com a interrupção do atendimento noturno do Pronto Atendimento a Saúde (PAS) do José e Maria sobrecarregando o atendimento dos médicos. É preciso aumentar a assistência e não encurtá-la”, destacou o presidente do SIMEPE, Antônio Jordão.
Sobre a quantidade de atendimento dos médicos do PAS do José e Maria, ele ainda ressaltou que a “FEMSAÚDE divulgou uma estatística falsa, de que só tinham 12 atendimentos noturnos. E depois em reunião o prefeito viu que precisavam de mais médicos porque o atendimento era bem superior a este”, enfatizou.
De acordo com Jordão a intervenção ética promovida pela categoria se refere a um setor específico do Dom Malan, a pediatria, apesar de que a redução nos leitos de estendeu ao setor de obstetrícia. “Pedimos que não haja restrição no atendimento da UTI – neonatal e na enfermaria, porque o paciente que sai da UTI vai para a enfermaria que não tem leitos. Por conta disso encaminha-se para a emergência. Se eu já tenho uma rede insuficiente como vou reduzi-la ainda mais? As pessoas estão morrendo na porta e dentro do hospital ou na transferência. Este fato tem se agravado principalmente na neonatologia, que é a única UTI num raio de 500 Km, e também na obstetrícia, onde aliado a esta crise que nós vivemos duas maternidades de Juazeiro fecharam as portas. Então onde é que vão nascer as crianças de Petrolina e da região?”, questionou.
A vice-presidente do CREMEPE, Helena Carneiro ressaltou que os médicos estão corretos em questionar e intervir por que: “no código de ética fica bem claro que é dever do médico denunciar a falta de condições de trabalho, e é direito do médico se recusar a trabalhar quando não há o mínimo de condição ética para o exercício da sua profissão. Considero de uma gravidade importantíssima uma cidade com um pólo médico como o de Petrolina, uma cidade que não deixa de ser uma referência regional ter o seu hospital principal, com gestão plena do município com um setor interditado. Isso mostra que vem acontecendo, mas é lamentável que tenha chegado nesta situação”, pontuou.
Sobre o posicionamento da categoria Antônio Jordão acrescentou: “nós achamos que já passou do tempo para que os entes federados se reúnam e tomem uma solução definitiva. O direito a saúde é garantido e de obrigação do Estado, porque está na Constituição”, declarou. Sobre isso Helena Carneiro ressaltou, “a confiança existe apesar da falta de credibilidade. O que não pode é uma categoria ficar como estar hoje perdendo credibilidade e a população ficando desassistida”, finalizou.



Da saúde de Petrolina não dúvido de mais nada….