Sessão do impeachment começa com confusão e empurra-empurra

por Carlos Britto // 17 de abril de 2016 às 15:47

Foto/reprodução

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A sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou com confusão. Um deputado do PT reclamou que outros parlamentares se manifestavam atrás da Mesa Diretora, onde Eduardo Cunha (PMDB-RJ) preside os trabalhos.

Cunha disse que ele “não ia ganhar no grito”. Com uma faixa “Fora, Cunha“, deputados foram retirados, segundo o presidente da Câmara, porque “faixas não são permitidas no plenário”.

Com isso, a sessão se atrasa e o relator da comissão do impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), não sobe à tribuna para fazer seu discurso. Ele tem 25 minutos.

Após 20 minutos do início da sessão, Cunha pediu que os deputados saíssem de trás da mesa e voltassem a seus lugares. A gritaria continuou com uma mistura de “Fora, PT” e “Não vai ter golpe“.

Após a saída dos políticos, a fala do relator, então interrompida, continuou. Ele teve de forçar a voz por conta do barulho no plenário. Defendeu que o pedido de impeachment não é golpe e que “tem orgulho de participar desta Casa“. “Hoje esse parlamento, não importando o resultado, sai fortalecidoNenhum agente político precisa de aviso prévio para cumprir as leis e a Constituição Federal. Nenhum gestor de recurso público pode eximir-se de sua responsabilidade.”

Segunda chamada e reforço na segurança

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou instantes antes da sessão deste domingo (17) que prevê que a votação do processo de impeachment seja encerrada entre 21h30 e 22h. Cunha também afirmou que a segunda chamada dos deputados que estiverem ausentes na hora em que for solicitado que anunciem seus votos será feita ao fim da chamada de todos os deputados do respectivo Estado.

Neste domingo, com o forte esquema de segurança por causa da votação do impeachment, é preciso passar por ao menos quatro pontos de bloqueio para entrar no plenário, sendo dois com portas de raio-x. Apenas parlamentares têm livre acesso.

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