Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo mobiliza sociedade juazeirense

por Carlos Britto // 09 de maio de 2017 às 10:01

A Pastoral da Terra da Bahia está realizando em Juazeiro atividades que compõem a 3ª Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Alertar a população, em especial trabalhadores do campo e da cidade, sobre o regime moderno de escravidão e chamar a atenção dos órgãos de fiscalização desse crime são os objetivos da campanha.

Só em 2016, 763 trabalhadores em situações análogas a de escravo foram resgatados no país, sendo 66 deles na Bahia.  Em Juazeiro, hoje (9) e amanhã (10) acontecerão visitas em escolas nos bairros Tabuleiro e Itaberaba, e nos dias 12 e 13, panfletagem no Mercado do Produtor, na feira livre e no Centro da cidade.

De acordo com o agente da Comissão Pastoral da Terra de Juazeiro, Maikon Gonçalves, a Semana de Comunicação tem como proposta mostrar à sociedade que o trabalho escravo não acabou com a abolição da escravatura, assinada em 13 de maio de 1888. Ele ainda alerta que, apesar de o governo brasileiro ter reconhecido em 1995 a existência da escravidão contemporânea, a sociedade corre o risco de ver esse crime crescer e ser legalizado. “Vários projetos que estão para ser votados no Congresso Nacional podem aumentar os índices do trabalho escravo. O projeto de mudança do conceito de trabalho escravo, a reforma trabalhista e a proposta de mudança nos direitos do trabalhador rural podem voltar a dar legitimidade a esse crime“, diz.

Denúncias

Quem presenciar situação de trabalho análogo a de escravo deve denunciar. Ela pode ser realizada na Superintendência do Ministério do Trabalho, no Ministério Público do Trabalho, na Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, na Comissão Pastoral da Terra e nos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais ou de Assalariados Rurais.

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