Secretária de Saúde de Petrolina faz balanço de quadrimestres e reclama de repasses federais e estaduais

por Carlos Britto // 09 de junho de 2016 às 18:38

mara gonçalves

Pela primeira vez desde quando assumiu a Secretaria Municipal de Saúde no lugar de Lúcia Giesta, em abril deste ano, a atual titular da pasta, Mara Gonçalves, apresentou os números dos investimentos no setor em relação ao terceiro quadrimestre de 2015 e primeiro quadrimestre de 2016. O relatório, exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), foi apresentado na manhã desta quinta-feira (9), durante sessão da Casa Plínio Amorim.

Os números, segundo a secretária, são uma estimativa mensal. Na Atenção Básica, foram aplicados pela administração municipal R$ 2.284.160,00; do Ministério da Saúde (MS) e Governo de Pernambuco vieram R$ 2.373.700,00, totalizando R$ 4.657.860,00.

Em relação à Vigilância em Saúde, o município investiu R$ 138.276,00, ficando para o MS e governo estadual R$ 290.773,53 – num total de R$ 429.050,00.

Na Atenção Especializada, o Governo Julio Lossio aplicou R$ 204.921,05; MS e Estado, juntos, destinaram a Petrolina R$ 323.828,95, o que dá ao todo R$ 528.750,00; Na Regulação, o município aplicou R$ 1.029.795,90; MS e governo estadual destinaram R$ 996.204,14 – totalizando R$ 2.026.000. Mara disse à imprensa que embora as esferas federal e estadual entrem com sua parte no sistema tripartite, o valor repassado não fica a contento em alguns setores – ou ‘blocos’, como prefere chamar.

Um deles é o Samu, cuja última parcela federal para o serviço data de outubro de 2015. Mara ressaltou ainda que Petrolina gasta em média, por mês, de R$ 35 mil a R$ 40 mil por unidade de Saúde da Família. No entanto, mesmo a União contribuindo, o repasse fica apenas em R$ 7,13 mil. “Graças ao esforço do prefeito Julio Lossio, o município consegue atingir muito mais do que os 15% preconizados pela lei”, destacou.

Dificuldades

Mara informou que o maior agravante na saúde pública em Petrolina são as cirurgias eletivas. Ela justificou que, embora a Secretaria de Saúde venha ampliando o serviço e o município faça parte de uma rede interestadual, as eletivas e as cirurgias ortopédicas (outro gargalo) não estão sendo suficientes para atender a demanda, porque são 53 munícipios que integram a rede. “O que é urgência, acaba virando eletiva”, disse a secretária, acrescentando que casos de média e alta complexidade que não podem ser tratados em Petrolina ficam a cargo do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Ela frisou ainda que os problemas de falta de vacina contra o H1N1 ocorreram devido aos próprios fabricantes, que enviaram as doses “de forma fragmentada” aos postos. “Além disso a procura pela vacina nunca foi tão alta, por conta dos surtos da gripe que aconteceram em São Paulo. Mas nós atingimos nossa meta em relação ao público-alvo”, finalizou.

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