Salgueiro: Durante sabatina, candidato a prefeito Marcones Sá afirma que município “foi desmontado” pela atual gestão

por Carlos Britto // 07 de outubro de 2020 às 08:57

Foto: Ascom/divulgação

O candidato a prefeito de Salgueiro (PE) pela oposição, Marcones Sá (PSB), foi o entrevistado da Sabatina da 102, na Salgueiro FM, ontem (6), e não poupou críticas à atual gestão.

Confiram os principais pontos da entrevista:

Qualificação

Para Marcones, Salgueiro passou por um desmonte nos últimos 4 anos e a população passou a conviver com muitos problemas. As consequências sociais e econômicas de uma má-gestão, aliadas à delicadeza do momento, exigem não só a qualificação do gestor municipal, mas a vontade política de superar os desafios. Com a pandemia, a crise vai ser ainda maior. “Então, Salgueiro precisa de pessoas experimentadas, comprometidas e muito capacitadas“, destacou.

Juventude e desemprego

O candidato considera qualificação profissional como uma perspectiva de vida, principalmente, para a juventude. Nesse sentido, ele inclui a formação nas áreas da arte e da cultura como possibilidades para a juventude. “Quando eu e a companheira Creuza (ex-prefeita) trouxemos uma das maiores obras de Salgueiro, o Instituto Federal, que é essencialmente educação com o viés tecnológico, isso já mudou a vida de muito jovem. Mas Salgueiro precisa de mais. Um projeto arrojado de qualificação profissional é obrigatório para você enfrentar o desemprego”, defendeu.

Zona Azul

Ele considerou um equívoco a Zona Azul ter sido implementada sem ampla discussão social e disse que é preciso reabrir o debate na Câmara de Vereadores e em toda a comunidade. Para Marcones, a atual administração “entrou com a zona azul não para disciplinar o trânsito e o espaço urbano, mas com o viés de arrecadar”.

Gestão participativa

Considerada uma das principais marcas do seu governo e o da ex-prefeita Creuza Pereira, a participação da sociedade nas tomadas de decisões é colocada pelo candidato como um modelo de trabalho e uma estratégia de promover o zelo e a manutenção das obras públicas: “Só se avança construindo no diálogo. Na participação. Essa foi uma das grandes marcas de Creuza Pereira e Marcones na Prefeitura. Quando você discute com o povo, constrói com os segmentos, trabalha uma coisa chamada empoderamento”.

Cultura

Marcones apontou o estado de abandono dos espaços de cultura e das festividades que colocavam Salgueiro como polo cultural na região. A desvalorização dos artistas também foi apontada como uma política de desmonte cultural. “O que a gente assistiu foi um verdadeiro desmonte de todos os equipamentos culturais de Salgueiro. Tanto foram abandonados os espaços de cultura quanto os fazedores de cultura. E isso impacta, também, na geração de emprego e renda. Salgueiro, uma cidade tradicional que ama o Carnaval, que adora o São João, que fervilha na cultura, nós assistimos uma total ausência dessas manifestações, um total abandono”.

Concursos Públicos

O socialista falou sobre a importância de valorizar o servidor municipal e sobre os concursos realizados quando foi prefeito, lembrando que “não fizeram um concurso público na administração atual”.

Falta d’água

Sobre uma possível solução para a falta d’água em Salgueiro, o candidato informou sobre um processo licitatório de uma adutora da barragem do Negreiros para o sistema adutor Salgueiro. Segundo Marcones, “uma obra que vem resolver o problema do abastecimento“. E ainda completou: “Para pensar em desenvolvimento, qualquer cidade tem que ter algumas obras básicas importantes. Uma delas é água. Como é que se instala uma empresa numa cidade que não tem água?”, disse, acrescentando a instalação do aterro sanitário e do sistema de esgotamento sanitário com os quais poucas cidades no Brasil contam.

Saúde e educação

O candidato defendeu a necessidade de trazer Salgueiro de volta ao posto de liderança regional e listou problemas nessas áreas. “A situação da saúde é de calamidade. É vergonhoso o estado de abandono. A educação não está diferente. Vários anos sem fardamento escolar. Muitas denúncias sobre a merenda. Uma escola não foi construída nessa administração. Três creches que nos deixamos, nenhuma foi construída”.

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