O vereador Ronaldo Silva (DEM) prometeu que iria se pronunciar sobre o fracasso do Petrolina no Campeonato Pernambucano deste ano. Ele ficou de falar sobre o assunto no plenário da Casa Plínio Amorim. Como não houve sessão ontem (16), o discurso vai ficar para depois.
Mas não será fácil justificar o injustificável. Afinal de contas, a queda da Fera Sertaneja não foi nenhuma surpresa. Pelo contrário. Foi, sim, uma morte anunciada.
O prenúncio dessa ‘tragédia’´começou ainda no ano passado. Apesar da bela campanha no Pernambucano, quando terminou em quinto lugar, o Petrolina mergulhou numa crise aguda. Um mês após o fim do campeonato, a sede do clube teve a luz cortada e seus atletas dependiam do seu presidente até para fazer a feira (apesar do patrocínio da prefeitura aprovado pela câmara).
Dava para imaginar que a participação do Petrolina na Série D do Campeonato Brasileiro de 2012, credenciado pela boa colocação no campeonato regional, só poderia mesmo não dar em nada, como não deu.
E pior: os problemas administrativos se estenderam para este ano. Às portas do Pernambucano, o Petrolina não tinha sequer presidente. Uma situação imperdoável, já que o campeonato abre portas para a Copa do Nordeste, a qual – além de garantir vaga para o campeão na Sul-americana – representa uma ótima fonte de renda para os clubes. O amadorismo imperou no Petrolina, e no futebol de hoje não há mais espaço para amadores. Ronaldo Silva, que foi vice-presidente da fera, foi sabe disso. O difícil é explicar.
Quando o time estava por cima, tinha muita gente remando o barco, porém quando o barco estava a deriva, todos sumiram e deixaram Paulo José nessa enrascada.