Na sessão ordinária desta terça-feira (5), o vereador Ronaldo Silva chamou a atenção para o número de pessoas que têm aparecido com sintomas relativos à chikungunya, infecção viral  transmitida  pelo mosquito Aedes aegypti. Ronaldo solicitou que a Comissão de Saúde da Câmara de Petrolina entrasse em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para saber quais as providências estão sendo tomadas e o que precisa ser feito para diminuir a incidência dos casos.

“Nos últimos dois meses, a gente tem visto um grande número de pessoas infectadas pelo Aedes aegypti, o mosquito que causa dengue e chikungunya. Nós estamos saindo da pandemia da Covid e praticamente entrando numa epidemia de chikungunya, uma doença horrível que acomete articulações e deixa pessoas com sequelas, sem conseguir até caminhar direito por quase um mês. Tenho certeza que todos aqui conhecem alguém que está com essa infecção, então precisamos ver o que está sendo feito e o que pode ser feito para diminuir isso e resolver”, argumentou Ronaldo.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador César Durando, garantiu que irá entrar em contato com a Secretaria de Saúde, mas também chamou atenção para os cuidados que a população deve ter para eliminar focos e criadouros do mosquito Aedes aegypti. “Temos que lembrar que o número sempre aumenta quando estamos no período chuvoso. Depende também que a população possa fazer a sua parte e não deixar vasilhames com água parada e criando focos do mosquito. Mas vamos conversar sim com a Secretaria de Saúde e trazer a resposta para a população”, afirma.

O Blog entrou em contato com a SMS para solicitar a quantidade de casos notificados e confirmados nos primeiros meses de 2022. De acordo com a pasta, apenas os números de janeiro e fevereiro foram disponibilizados, pois os dados de março ainda não foram consolidados.

Em janeiro e fevereiro de 2022, foram 997 notificados e 13 confirmados para dengue; 960 notificados e nenhum caso de zyka e chikungunya.

Casos

Questionada sobre a falta de casos confirmados de chikungunya nos dois primeiros meses do ano, enquanto muitas pessoas apresentam sintomas e exames feitos na rede particular positivos para a doença, a assessoria da pasta  justificou que nem todos os estabelecimentos particulares notificam a Secretaria. “A orientação é para que os laboratórios e hospitais particulares notifiquem à secretaria, mas nem todos os fazem, por isso acontece de não ter no sistema“, argumenta.

Ainda de acordo com a assessoria, como os exames feitos nas unidades municipais são encaminhados para o laboratório estadual (Lacen), os resultados demoram um pouco para chegar. “Os exames são encaminhados para o Lacen e aguardamos o resultado. Por isso a diferença entre o número de notificados e confirmados”, explicou.