Com o objetivo de fortalecer e movimentar o cenário da música instrumental no Vale do São Francisco, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e o Ministério da Cultura (MinC) – por meio do programa Mais Cultura – apresentam o projeto “Chorando no João”, idealizado e coordenado pelo músico e produtor cultural Celso de Carvalho, em parceria com o sanfoneiro Targino Gondim.

Tendo como base a riqueza do chorinho brasileiro, mas sem esquecer a importante influência de outros estilos como a bossa nova e até o blues e o jazz norte-americano, o projeto prevê a seleção, formação prática básica em harmonia funcional e improvisação musical de 20 jovens instrumentistas com idade entre 17 e 29 anos, que tenham um domínio intermediário de instrumentos como bateria, guitarra, baixo, flauta, sax, sanfona e percussão.

“Embora o ‘Chorando no João’ seja voltado, prioritariamente, para jovens, esta não é uma condição exclusiva, ou seja, pessoas de outras faixas etárias também poderão se inscrever e assim serem selecionadas”, enfatiza Celso, ressaltando que a quantidade de aprendizes de cada instrumento será decidida durante a seleção, pelos instrutores, de forma a manter a diversidade e o potencial de aprendizado mútuo.

Etapas

As inscrições prosseguem até esta sexta-feira (26) no Centro de Cultura João Gilberto, das 9h às 13h e das 14h às 17h. Os inscritos passarão por uma seleção feita por renomados músicos locais, que serão responsáveis pela parte formativa do projeto. Em seguida, os selecionados participam de uma oficina de chorinho com aulas práticas e reforço teórico, com ênfase em formação de repertório e técnicas de improvisação com duração de três meses.

Segundo a assessoria do curso, durante as aulas práticas, que acontecerão nas salas de oficinas do Centro de Cultura (sempre às quintas-feiras, a partir das 17h), serão realizadas apresentações ao vivo e abertas ao público no mesmo local, também às quintas-feiras, das 19h às 20h30.

“No período de aprendizado, os instrutores do projeto lideram as apresentações ao vivo, e gradativamente, introduzem os aprendizes nos shows, ao longo das semanas. No último mês, os aprendizes já formarão a banda-base dos shows e receberão uma ajuda de custo por estas apresentações. Com esta ação, estamos dando oportunidade aos aprendizes de conhecer na prática como funcionam as apresentações, a exposição ao público e assim completando toda a proposta do projeto, que é consolidar a música instrumental na nossa região”, garante.