As projeções do governo indicam um cenário de desafios crescentes para a Previdência Social nos próximos anos, impulsionados pelo envelhecimento da população e pela política de valorização do salário mínimo. Embora as estimativas oficiais prevejam uma queda nos gastos previdenciários como proporção do PIB até 2028, especialistas expressam ceticismo.

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 apresenta dados que indicam uma redução dos gastos previdenciários como proporção do PIB até 2028. No entanto, especialistas consideram improvável essa trajetória benevolente a curto prazo, alertando para os desafios de médio e longo prazo.

A decisão política de tornar permanente a política de valorização do salário mínimo é apontada como um fator que contribui para o aumento dos gastos previdenciários. Enquanto isso, inovações no INSS, como a substituição da perícia médica presencial pelo Atestmed, impulsionam ainda mais as despesas.

A concessão de novos benefícios, que registrou um aumento significativo no primeiro bimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, também preocupa os especialistas, que temem que parte dessa tendência seja permanente. Diante desse cenário, economistas alertam para o desafio de conciliar o crescimento dos gastos previdenciários com os limites do arcabouço fiscal, o que pode resultar em um achatamento de outras despesas, como custeio e investimentos, nos próximos anos. (Fonte: Folhapress)