Durante assembleia os professores da rede municipal de ensino de Casa Nova, no sertão baiano, decidiram manter a greve. Segundo a APLB Sindicato de Casa Nova, o motivo da continuidade da paralisação é que o Executivo Municipal ainda não se manifestou.
Na reunião os educadores fizeram um apanhado dos problemas que vêm acontecendo nas escolas.
Segundo a presidente do sindicato, Maria do Carmo da Rocha, “em três escolas há cerca de 11 computadores do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo) sem uso e empoeirados. Enquanto isso, em algumas delas não há nenhum, nem para o uso interno da escola. Isso vem acontecendo pelo menos nas Escolas Irene Santos Viana, Escola Municipal Senador Luiz Viana Filho e Escola Municipal Júlia Borges. Foram feitos também relatos da perseguição que vem ocorrendo com os professores, principalmente no sentido de colocar substitutos no lugar dos grevistas. Essa prática vem ocorrendo a cada dia. Pergunta-se: onde está a democracia neste município?”, criticou.
De acordo com Maria do Carmo, há colégios sem merenda escolar. “Em algumas escolas, a merenda vem sendo preparada dentro da sala de aula com os alunos, a exemplo da Escola da Localidade de Serra do Olho D’água”.
Devido aos problemas encontrados na rede municipal de ensino, a assembleia resolveu que durante esta semana será realizada uma programação diferenciada de escola em escola para sensibilizar os pais, alunos e colegas educadores a participarem do movimento grevista.
Hoje (9), às 8h, os educadores estarão na Escola Municipal Alano Viana de Araújo; terça-feira (10) no mesmo horário, na Escola Municipal Solon Alves Xavier; na quinta-feira (11) nas escolas Pingo de Gente e Escola Eulália Passos e sexta-feira (12), na Escola Municipal Senador Luiz Viana Filho.
Durante a programação, além das reivindicações, serão realizadas homenagens aos estudantes e pais. O sindicato ainda reitera que há intenção em negociar com o Executivo Municipal.
