A questão do transporte coletivo em Petrolina parece longe de uma solução final.
Exemplo disso foi o debate de ontem (5), durante o programa Carlos Britto no Ar, na Grande Rio AM, quando o assunto foi suscitado pela vereadora Márcia Cavalcante (PMN).
A vereadora informou que solicitará do fiscal de transportes da EPTTC, Paulo Valgueiro, informações sobre os motivos que levaram a empresa São Francisco, que fazia a linha de Nova Descoberta, zona rural de Petrolina, a deixar de atender a comunidade.
Segundo Márcia, quem cumpre esse papel agora é o transporte complementar. Mas nem todos estão satisfeitos em Nova Descoberta, porque as vans passam sempre cheias. Resultado: muitos idosos acabam sem conseguir viajar. “As pessoas têm seus compromissos em Petrolina e precisam se deslocar”, argumentou.
Atento ao assunto, o ex-vereador Ronaldo Souza, o ‘Cancão’, ratificou as palavras de Márcia. Ele lamentou a desistência da empresa em fazer a linha, a qual, segundo ele, também se encontra com problemas de sucateamento dos seus veículos. Lembrou também que a situação do transporte coletivo na cidade encontra-se problemática faz tempos. Disse que cabe ao Poder Municipal agir para não deixar a população prejudicada e, no caso de localidades como Nova Descoberta e Izacolândia, sugeriu a introdução de micro-ônibus, com capacidade para até 28 passageiros.
O presidente da Associação de Transporte Alternativo de Petrolina, Nivaldo Granja, também decidiu participar da discussão. Segundo ele, é proibido por lei as vans transportarem mais do que 18 passageiros, motivo pelo qual o transporte alternativo não consegue atender a demanda.
Granja salientou também que não compensa colocar micro-ônibus na zona rural porque a manutenção dos veículos é mais cara que das vans. Além disso a demanda, por mais elevada que seja,não é suficiente para cobrir os custos com os micro-ônibus. Ele revelou, no entanto, que terá uma reunião com representantes da EPTTC no sentido de definir os roteiros que as vans alternativas poderão cumprir, a fim de minimizar os aborrecimentos dos usuários.


