Numa audiência que só terminou no final da manhã de ontem (20), no Fórum de Petrolina, a dona do posto Umburuçu, Maria Claudenice da Silva, conseguiu o direito de responder em liberdade ao processo do qual é a principal acusada pela morte do jovem José Alex Soares, 19 anos. Os advogados dos outros quatro envolvidos no crime, que chocou a cidade em janeiro deste ano, também solicitaram ao juiz da Vara Criminal, Edilson Moura, que o benefício seja estendido aos seus clientes.
A decisão ficará a cargo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que analisará a forma como o Tribunal de Justiça concedeu o habeas corpus a Maria Claudenice, para daí ver se também cabe o pedido aos demais. Em caso favorável, os ex-funcionários do posto – Nilton César Ribeiro, Eliomar do Nascimento Lopes e Adriano Roberto da Silva – devem prestar seus depoimentos em audiência oficial. Os três encontram-se foragidos. Somente o bombeiro Gracenildo Rodrigues, lotado em Juazeiro, que também esteve na audiência de ontem, ainda está preso.
Segundo o promotor do caso, Lauriney Lopes (foto de cima), por ter antecedentes criminais Gracenildo não deverá conseguir o habeas corpus. “Como ele já tem outro homicídio, a situação dele é diferente dos demais”, afirmou o promotor. Ele descartou, no entanto, haver um acordo dos advogados com o MPPE para que os acusados se apresentem somente com o recurso.
O resultado da audiência teve reações antagônicas. O advogado da dona do posto, Henrique Marcula (foto de baixo), comemorou a decisão. Segundo ele, Maria Claudenice passou de vítima a ré, no episódio, de forma injusta. “Ela não teve participação nos fatos que ora se apura porque não mandou matar, nem espancar ou perseguir ninguém”, declarou.
Mas um dos principais personagens do caso, o estudante Diego Pereira da Cruz, 19, não gostou do desfecho. Ele garante que partiu de Maria Claudenice a ordem aos ex-funcionários para perseguir e espancar Diego e Alex, afirmando ter sido os dois os responsáveis por assaltar o posto. “Quero justiça. Ela nos acusou, disse que a gente tinha dado um tiro nela, mas fizeram um exame de pólvora e deu negativo. Fomos presos somente com um par de chuteiras e um saco de macaxeiras, e mais nada”, desabafou.
Com a apresentação dos demais acusados, o juiz Edilson Moura definirá se todos irão ou não a júri popular. Mas a nova audiência só deverá acontecer em um ou dois meses. Já nesta sexta-feira (22) outros três acusados de agredir Diego voltarão ao banco dos réus. Os policiais Eduardo Madureira dos Santos, Júlio Marcos Macena e a escrivã Indhira Ribeiro Dantas teriam torturado o jovem a confessar o crime, por meio de práticas como asfixia e tentativa de afogamento em um vaso sanitário.
JÁ ERA DE SE ESPERAR, ACREDITEM, SERÁ A ÚNICA QUE RESPONDERÁ EM LIBERDADE, POIS É A ÚNICA QUE TEM DINHEIRO, É A ÚNICA QUE TEM “PODER”.
É LAMENTÁVEL, A PRICIPAL ACUSADA, A MANDANTE, A CAPITAL RESPONSÁVEL NÃO SOFRER PENALIDADE PELO BÁRBARO CRIME .
QUE JUSTIÇA É ESSA? DA CONVENIÊNCIA?
QUEM PERDEU FOI O VITIMADO.
Não vão dar proteção a “coitadinha” não? A justiça de Petrolina, mais uma vez, favorecendo os mais abastados!!! Se fosse o contrário, certamente estariam os dois trancafiados desde o dia do assassinato.
ESSA JUSTIÇA!!!
Pq só o bombeiro está preso … ele nunca fugiu, tem residência, emprego fixo, é funcionário público…. que eu saiba não tem um homícidio, tem um processo que nao foi julgado e que a própria família da vítima o defende… a resposta? …. e a propria impresa que se mantém calada….