Presos de Petrolina serão monitorados por meio de tornozeleiras eletrônicas

por Carlos Britto // 07 de novembro de 2011 às 13:08

Os reeeducandos que tiveram direito ao regime semiaberto ou foram autorizados pelo juiz a sair dos presídios de Canhotinho, Petrolina e Itamaracá, em Pernambuco, vão ser monitorados através de tornozeleiras eletrônicas. O governador do Estado, Eduardo Campos, inaugurou, na manhã desta segunda-feira (07), o Centro de Monitoramento Eletrônico de Reeducandos, localizado em Santo Amaro, no Recife, onde 40 técnicos especializados controlam o deslocamento dos beneficiados pelo regime.

A nova tecnologia estava em teste desde agosto. O gerente do Centro de Monitoramento, Renato Pinto, conta que 400 reeducandos que foram liberados na sexta-feira (04), para passar o final de semana com a família, estão sendo monitorados. “Eles têm até a terça pela manhã para se reapresentar ao presídio”, explica, acrescentando que, no total, mil pessoas estão utilizando o equipamento. O governador ressalta a importância desse monitoramento para a ressocialização desses indivíduos. “Eles têm como provar a sociedade que estão aptos a voltar ao convívio social, que não infringiram mais nenhuma lei“, defendeu.

O monitoramento auxilia no cumprimento da lei, uma vez que os beneficiados com o regime semiaberto têm direito a visitar a família, a realizar atividades educativas, além de trabalho externo, sob fiscalização do Estado. Por enquanto, os reeducandos que utilizam o equipamento são aqueles que cometeram homicídio, latrocínio ou acusado de tráfico. “Apenas aqueles que a justiça entende que precisam ser monitorados com mais atenção”, justifica Renato Pinto.

As tornozeleiras enviam as informações via satélite para uma central localizada em São Paulo, que as repassa para o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods), em Pernambuco. Cada reeducando que utilizar o equipamento, que custa por mês ao estado R$ 660, será registrado no sistema de monitoramento.

A partir do registro, são criadas zonas de inclusão, onde é definido o trajeto utilizado pelo preso quando não está em uma unidade prisional e também o horário e local que devem permanecer. O Ciods é comunicado imediatamente se o reeducando se desviar mais que 500 metros do caminho permitido e uma viatura policial é enviada. Aqueles que romperem o lacre da tornozeleira são imediatamente considerados foragidos pela polícia. “Neste final de semana, um reeducando rompeu o lacre em Paudalho e foi levado de volta para o Aníbal Bruno”, exemplifica o governador. Se não houver fuga, o reeducando poderá responder pelo crime de dano contra o patrimônio, podendo voltar ao regime fechado. (Do G1-PE)

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