Presidente do Sintepe critica situação de escola estadual no bairro Jardim Amazonas

por Carlos Britto // 11 de outubro de 2011 às 11:20

A situação da Escola Estadual Padre Manoel de Paiva Neto, no bairro Jardim Amazonas (zona oeste de Petrolina) mereceu um desabafo do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), Heleno Araújo (foto).

Confiram abaixo o relato do presidente do Sintepe, que aproveita para cobrar providências emergenciais do governo do estado no intuito de melhorar as condições de funcionamento d escola:

Os 1.650 estudantes da Escola Estadual Padre Manoel de Paiva Neto ficaram quatro dias sem aulas devido à invasão, pichações e incêndio na secretaria da escola no dia 18 de setembro de 2011 (domingo), por elementos ainda não identificados. A escola está localizada no bairro Jardim Amazonas, no município de Petrolina. Tem uma grande área externa e uma quadra esportiva sem cobertura. Em uma das áreas externas cultivavam uma horta escolar, que foi desativada por ordem do Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Educação. A direção da escola desconhece o motivo desta descabida determinação.

Não tem vigia do quadro permanente de pessoal da Secretaria Estadual de Educação, nem a presença de vigilantes da empresa contratada pelo Governo que atuam em algumas escolas. As ausências de profissionais e os motivos apresentados anteriormente estão causando prejuízos constantes ao patrimônio público e a vida das pessoas que trabalham e estudam nesta escola. Todos ficaram assustados com as pedras atiradas no telhado durante as aulas. Os alunos são incomodados constantemente por pessoas estranhas à comunidade escolar que pulam o muro e ficam sobre a grade de proteção atrapalhando a dinâmica da escola.

Iniciaram os ataques à escola no dia 22 de maio de 2011, invadiram e roubaram diversos equipamentos como DVD, projetor, som. Deste dia até o mês de junho entraram na escola para roubar e pichar quatro vezes, na quinta vez, além da pichação atearam fogo na secretaria da escola e nas bancas quebradas que estavam no pátio. Os canos de água e esgotos são estourados constantemente. Os professores encontraram e tiraram dos estudantes drogas e armas brancas.

A direção da escola por diversas vezes comunicou e solicitou ajuda da Gerência Regional de Ensino (GRE) para ajudar a resolver ou reduzir este conjunto de problemas, mas até agora nada foi feito concretamente.

Exigimos que a Secretaria Estadual de Educação encaminhe ações para que a escola possa funcionar com tranquilidade e desenvolver o seu papel na busca pelo conhecimento. Providências devem ser tomadas imediatamente, como por exemplo:

1. Colocar vigia para atuar durante o tempo de trabalho escolar e vigilante durante a noite e fim de semana;

2. Discutir e deliberar junto com a Comunidade Escolar o que fazer com a ampla área externa da escola, para evitar o uso e abuso por parte dos elementos estranhos à escola;

3. Ligar a escola, através de rádio ou outro equipamento, com a Polícia Militar para inibir as ações dos elementos estranhos à comunidade escolar;

4. Deslocar a equipe pedagógica da GRE para atuar diretamente na escola, na perspectiva de contribuir com a equipe da escola na elaboração de projetos pedagógicos que trabalhe e envolva toda a comunidade na dinâmica escolar;

5. Identificar e tirar de circulação os elementos que repassam drogas e armas para os estudantes;

6. Tomar outras medidas cabíveis, ouvindo a comunidade escolar.

Heleno Araújo/Presidente Sintepe

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