A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina (Sindsemp), Léia Araújo, teme que a polêmica acerca do processo democrático de escolha dos gestores municipais fique inviabilizado este ano. Léia lamentou a retirada de pauta do projeto de lei do Executivo Municipal, na sessão ordinária da Casa Plínio Amorim de ontem (08), que dispõe sobre o edital das eleições dos gestores.

O adiamento da votação do projeto foi um pedido do relator da Comissão de Educação, vereador Dr.Pérsio Antunes, que solicitou a presença da secretária municipal de educação, Célia Regina, à Casa Plínio Amorim nesta quinta (11) para alguns esclarecimentos sobre o processo. Para Léia, a “manobra” põe por terra o esforço da vereadora Cristina Costa, também integrante da Comissão de Educação.

Léia explica que a presença da secretária na Casa compromete o processo democrático neste ano, uma vez que após virar lei, o prazo de 45 dias para a realização das eleições nas escolas – como determina o edital – ficaria muito apetado. “Chegaríamos em dezembro, o calendário escolar estaria extrapolado e não teríamos a comunidade para fazer a votação”, justificou.

A presidente do Sindsemp teme haver um retrocesso por conta do problema, com a volta ao tempo do Q.I (Quem Indica) na escolha dos gestores. “Se é desejo da classe trabalhadora e da comunidade escolar, porque o projeto ainda não foi colocado como prioritário (na Câmara)?”, indagou. Um dos estabelecimentos em que a comunidade deverá escolher, através do voto direto, é o Centro de Educação Infantil.