Presidente da Petrobras acha pouco provável mudança em política de preços dos combustíveis

por Carlos Britto // 11 de abril de 2022 às 10:30

Foto: Poder360/reprodução arquivo

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, elogiou os indicados do governo para a direção da estatal, mas disse que dificilmente conseguirão alterar a política de preços da empresa. “Não tem margem de manobra para mudar isso”, falou Silva e Luna em entrevista ao Valor, publicada nesta segunda-feira (11).

A mudança na forma de cálculo dos preços é uma demanda do presidente Jair Bolsonaro (PL). O general tem sido muito criticado pelo chefe do Executivo por manter o sistema baseado na paridade internacional.

Com o que tem hoje de legislação, de norma, não dá [para mudar a política de preços]. É preciso considerar que a empresa toma decisão compartilhada, é uma vontade coletiva, passa pelo comitê executivo, pelo conselho de investimentos. Não vejo como alterar isso na Petrobras”, explicou.

Silva e Luna defende que não cabe à petroleira segurar os preços dos combustíveis. De acordo com ele, o papel social que a empresa desempenha é por meio dos pagamentos de royalties e participações especiais.

O general afirma que um eventual retorno a um controle de preços, como o que era feito durante os governos petistas, traria o risco de desabastecimento ao país. Isso porque cerca de 30% dos combustíveis são importados. Na entrevista, Silva e Luna citou “crises sucessivas” que impactam nos preços, como a pandemia de Covid-19, a crise hídrica e a guerra na Ucrânia.

Alternativa

O presidente da Petrobras disse que um caminho possível para mitigar o aumento dos combustíveis é por meio de ações do Congresso e do governo. Ele citou que a política de subsídios já foi colocada em prática no passado “para fazer um amortecimento dessas pressões”. O Governo Bolsonaro optou por não recorrer a esse mecanismo.

O que a empresa está fazendo? Produzir o máximo que ela pode produzir em 25 anos. Todas as refinarias bateram seus recordes acima de 92% de produtividade”, afirmou. Segundo o líder da petroleira, a nova administração deve enfrentar os mesmos desafios que ele quando assumiu o cargo. (Fonte: Poder360)

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