Um esquema de compra de votos denunciado pela presidente do bairro Vale do Grande Rio, Maria das Graças Lima, colocou na berlinda alguns líderes comunitários de outros bairros em Petrolina. Até o presidente da Federação das Associações de Bairros do Município de Petrolina (Feamupe), Paulo Lima, foi acusado de gerenciar os recursos provenientes do esquema. Segundo Dona ‘Graça’, como é mais conhecida, o favorecido seria o candidato a deputado estadual, Guga Lins (PTC).
A comunitária revelou ao Blog ter participado de uma reunião há três meses num restaurante no Centro da cidade, convocada pelo candidato, na qual participaram alguns presidentes de bairro, além de Paulo Lima. Dona Graça revelou que já vinha sendo contactada para outras reuniões, mas até então não havia aceito o convite.
Paulo Lima informou que esse encontro girou em torno de patrocínio para o São João nos Bairros. Mas dona Graça garante que o assunto foi outro. “Ele (Guga) teve uma conversa particular com cada presidente”, revelou, acrescentando que a proposta era o pagamento em dinheiro para cada liderança arregimentar votos em seus bairros para o candidato. “Se ele (Lima) diz que foi patrocínio (São João), eu digo que é mentira”, completou.
A comunitária informou também que o candidato do PTC ficou de acertar com os demais presidentes na casa deles – inclusive na de Dona Graça – já que pegou o endereço de todos. Mas ela não demonstrou confiança.
“Teve um presidente que disse que ia receber R$ 10 mil. Acho muito dinheiro para um líder de bairro. Outro afirmou que recebeu R$ 4,5 mil. Um outro, R$ 2 mil, e mais um que me disse que todo mês o salário era depositado na conta dele. Não sei qual é a verdade, porque ele não acertou nenhum valor comigo”, disse a comunitária, admitindo, involuntariamente, que também esperava ser beneficiada pela prática ilícita. Dona Graça citou ainda Juarez do Cosme e Damião e um outro líder, conhecido como Expedito, que seriam os responsáveis por sacramentar o acordo junto com Paulo Lima.
Procurado pela reportagem, o presidente da Feamupe rebateu as denúncias. Voltou a afirmar que o encontro citado por Dona Graça foi para tratar apenas de patrocínio para os festejos juninos nos bairros. Lima chegou a lembrar que Guga disse, na oportunidade, não ter condições de patrocinar o evento. “Desconheço a compra de votos. Se os presidentes falaram disso, não foi na minha frente”, garantiu. “mas se ele (Guga) está comprando, é através dela”, completou.
Lima adiantou já ter entrado com uma ação judicial contra Dona Graça por difamação. “Ela terá de provar o que diz”, desabafou, ressaltando que a presidente do Vale do Grande Rio “não tem voto para eleger nem um passarinho, quanto mais um candidato a deputado estadual”.
Tranquila, a comunitária disse que por enquanto não irá dar os nomes dos presidentes envolvidos no esquema. Mas se a provocarem, garante que abrirá o jogo. Sobre suas afirmações, Dona Graça disse que é só a justiça quebrar o sigilo pessoal dos líderes citados por ela para as provas aparecerem. O Blog reserva espaço para que todos os citados na matéria possam prestar seus esclarecimentos.
Como desconheço a pessoa do candidato, e com certeza muitas outras pessoas também não o conhecem, seria importante que alguém nos informasse a respeito do sujeito. Informações do tipo: Onde mora, a qual seguimento social pertence, qual a sua ocupação, etc.
Quanto aos líderes de bairros, é vergonhoso se corromperem dessa forma, se é mesmo verdade a denúncia publicada na matéria acima. Eu creio que temos em Petrolina candidato(s) com história e compromisso com esta terra e que poderão honrar o nosso voto.
Não devemos nos sujeitar a isso e temos o dever moral de repudiar a atitude dessa gente. Aliás, “nossos” presidentes de bairros deveriam estar mais preocupados com o futuro de suas comuniades e não apenas com seus próprios bolsos. Como bem diz Bóris Casoy: Isso é uma vergonha¹