“Pode até ser que dê certo, mas não deveria ser a saída”, diz médico e pesquisador sertanejo sobre gestão terceirizada do HUT

por Carlos Britto // 10 de julho de 2013 às 07:20

luiz gonzaga granja filhoAgraciado com o título de Cidadão Petrolinense na última sexta-feira (5), o médico e pesquisador sertanejo Luiz Gonzaga Granja Filho usou de toda a sinceridade possível para dizer o que pensa sobre a terceirização do Hospital de Urgências e Traumas (HUT). “Pode até ser uma saída que dê certo, mas não deveria ser a saída”, disse o médico, ao Blog.

No entanto, pelo que ouviu dos profissionais que atuam na unidade, ao participar da assembleia geral do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), realizada quinta (4) no próprio HUT, as expectativas não são das melhores.

“Nós colhemos vários depoimentos, e nenhum deles (médicos) acredita que isso dará resultados. Aliás, acham que as dificuldades aumentarão e que as dívidas (do hospital) serão muito maiores, depois de transcorridos seis meses a um ano”, avaliou Luiz Gonzaga, que participou da assembleia acompanhado de Antônio Jordão, um dos candidatos a presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

Procurando manter o otimismo, Luiz Gonzaga disse torcer para que a decisão firmada entre prefeitura municipal e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) seja positiva. “O hospital e a população de Petrolina são merecedores disso”. 

Para gerir provisoriamente o Traumas, a Univasf – que agora é a administradora do HUT, num acordo com a prefeitura  – anunciou o Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia, Inovação e Saúde, com sede em Salvador (BA). Após um ano, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) ficará com a tarefa.

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