Pílula da Pfizer reduz em 89% risco de morte ou internação de pacientes

por Carlos Britto // 14 de dezembro de 2021 às 19:22

Foto: O Globo/reprodução

A pílula antiviral desenvolvida pela Pfizer reduz em 89% o risco de morte ou hospitalização de pacientes de alto risco, mostraram os resultados divulgados pela farmacêutica nesta terça-feira (14). Os dados confirmam os resultados preliminares divulgados pela farmacêutica no início de dezembro, que analisaram uma amostra menor de pacientes. Os resultados incluem a análise de 2.246 pacientes. Nenhum voluntário que recebeu a paxlovid morreu de Covid-19.

O medicamento foi administrado durante 5 dias depois do surgimento dos primeiros sintomas. Ele deve ser ingerido a cada 12 horas.

Os pacientes do estudo receberam um comprido de paxlovid (nirmatrelvir) junto com outro remédio já conhecido, o ritonavir. Este último, utilizado no tratamento de HIV, desacelera o metabolismo fazendo com que o paxlovid permaneça mais tempo no organismo, prolongando sua ação.

De acordo com os resultados, os pacientes que tomaram paxlovid dentro dos 3 dias do início dos sintomas, tiveram o risco de hospitalização ou morte reduzido em 89%, enquanto para quem recebeu o medicamento dentro de 5 dias de sintomas, o risco foi reduzido em 88%.

Os dados foram compartilhados com a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. As informações embasam um pedido de autorização para uso emergencial.

Variantes emergentes de preocupação, como a Ômicron, exacerbaram a necessidade de opções de tratamento acessíveis para aqueles que contraem o vírus, e estamos confiantes de que, se autorizado ou aprovado, este potencial tratamento pode ser uma ferramenta crítica para ajudar a conter a pandemia”, disse o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.

Função

O Paxlovid foi projetado para bloquear a atividade de uma enzima – proteína – que o coronavírus utiliza para se replicar. O medicamento não utiliza como referência a proteína spike do vírus, região do coronavírus que sofreu diversas mutações na variante ômicron. Com isso, a pílula tem potencial para manter uma atividade antiviral elevada contra a nova cepa. Estudos específicos sobre a eficácia do medicamento contra a ômicron estão em andamento.

A Pfizer também está conduzindo uma pesquisa sobre a eficácia da pílula em pessoas que não fazem parte do grupo de risco. Segundo os dados preliminares, o remédio reduz em 70% o risco de hospitalização. Ambos os grupos – de risco e padrão – que receberam o Paxlovid apresentaram redução da carga viral em 10 vezes na comparação a quem não recebeu o medicamento. (Fonte: Poder360)

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