PF-BA deflagra operação contra fraudes bancárias envolvendo biometria de idosos

por Carlos Britto // 11 de dezembro de 2025 às 09:06

Foto: PF/divulgação

A Polícia Federal (PF) na Bahia deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a operação ‘Mimetismo’, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias que utilizava falsificação de biometria para se passar por clientes idosos, titulares de contas com valores elevados e pouca movimentação. A apuração teve início após comunicação da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude (CEFRA) da Caixa Econômica Federal, que identificou irregularidades no cadastramento de biometria facial e digital em contas de pessoas com idade superior a 100 anos.

As fraudes permitiam movimentações indevidas e saques vultosos, causando prejuízo com potencial ofensivo superior a R$ 1 milhão, apenas em contas de clientes da Bahia.

Os investigados realizavam cadastramentos biométricos fraudulentos em agências da Caixa no Pará, utilizando pessoas mais jovens para se passar por correntistas idosos. Após a inclusão da biometria, ocorriam saques sucessivos em lotéricas e depósitos em contas vinculadas ao grupo criminoso. Parte dos envolvidos são empregados da instituição financeira, contratados recentemente, que se valiam do acesso privilegiado para facilitar as fraudes.

Identificou-se, até o momento, cerca de 20 contas fraudadas que estavam vinculadas a agências da Caixa Econômica Federal nas seguintes cidades baianas: Guanambi, Salvador, Serrinha, Eunápolis, Feira de Santana, Castro Alves, Cachoeira, Euclides da Cunha, Conceição do Coité e Itamaraju.

Mandados

Estão sendo cumpridos dois mandados de suspensão do exercício de função pública contra empregados da Caixa e três mandados de busca e apreensão, em endereços nas cidades de Belém (PA) e Dom Eliseu (PA), além do bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados, visando descapitalizar o grupo criminoso. Os mandados judiciais foram expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Paragominas (PA). Os envolvidos poderão responder por furto mediante fraude, associação criminosa e outros delitos previstos na legislação penal.

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