Natural de Petrolina, mas morando atualmente no município de Santa Cruz (PE), no Sertão do Araripe, o estudante Anderson Soares Lopes, de 19 anos, vem ganhando destaque nacional e internacional com suas pesquisas.

Ele já participou de um evento científico, o International Science and Engineering Fair (ISEF), nos Estados Unidos, e do programa Jovem Cientista, sendo convidado também a participar de algumas outras feiras na cidade de Bogotá, capital da Colômbia, além de ter sido escolhido como bolsista de iniciação cientifica na Argentina.

Morando numa região onde a seca predomina o ano inteiro, Anderson resolveu elaborar um projeto para alertar sobre a degradação da caatinga – único bioma exclusivamente brasileiro -, como também para ajudar os sertanejos a utilizarem uma nova forma de cultivo em locais onde existe pouca água.

Anderson usa a técnica Soil Lacking (“plantando sem solo”, em português), que consiste em cultivar a planta em um ambiente controlado. Nesse método é utilizada uma solução nutritiva balanceada, onde a terra é substituída por um solo sintético, formado a partir da decomposição de resíduos não biodegradáveis como o plástico e o PVC (policloreto de vinila).

Ao contrário da Hidropônia – um cultivo que exige uma grande quantidade de água -, essa técnica não necessita da presença de água líquida, mas apenas uma pequena quantidade de água emo estado gasoso. Cerca de 2,2% do líquido necessários para produção no método convencional.

O método utilizado por Anderson também pode ser considerado um meio de produção orgânica, de melhoramento genético, de estudos sobre a caatinga e de desenvolvimento de substâncias químicas para uso próprio, sem o uso de materiais e substâncias que possam agredir a natureza ou o ser humano, tornando-se assim uma solução viável para a realidade do sertanejo, que vive em uma das regiões mais secas e povoadas do planeta. (fotos/divulgação)