Pesquisa de estudante vai investigar suposta relação entre metais tóxicos e a carne do Cari

por Carlos Britto // 30 de dezembro de 2010 às 21:55

Um dos peixes mais apreciados do Rio São Francisco, o Cari – também conhecido como a “lagosta” dos ribeirinhos – vai virar objeto de pesquisa. E não é pelo sabor da sua carne, mas por uma questão de saúde pública. Segundo o estudante Anderson Miranda Souza, que cursa o 7º período de Zootecnia na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), a carne do Cari pode provocar casos de câncer gástrico por estarem concentrado elementos metálicos como cádmio e mercúrio.

Para dar início a sua tese, que vai virar inclusive monografia de conclusão do seu curso, Anderson baseou-se em estudos feitos sobre o Rio Tietê, em São Paulo, onde foi encontrada uma concentração acima do normal desses dois metais em peixe com hábitos semelhantes aos do Cari.

Por ser desprovido de bexiga natatória, o Cari prefere o fundo dos rios – onde há justamente uma grande quantidade de cádmio e mercúrio. “Mesmo o peixe sendo bem assado, os metais não são eliminados de sua carne”, informa. Anderson revela que os motivos do aparecimento dessas substâncias na carne do Cari são vários – desde a pilhas de cádmio ou baterias de celulares porventura jogadas no rio, até o tratamento do couro em curtumes da região, onde se utiliza mercúrio que pode estar sendo despejado no rio diluído à agua.

Outro fator está ligado ao uso dos agrotóxico, que pela falta de mata ciliar para filtrar o que é jogado no rio, acabam chegando ao ambiente do Cari. Por isso, Anderson contará com a parceria voluntária de estudantes e especialistas em outras áreas, como engenheiros agrônomos e biólogos. A área delineada para a pesquisa inclui as ilhas do Rodeador e do Fogo, além do balneário de Pedrinhas.

O estudante que também levantar outros diagnósticos, como redes de esgoto que despejam dejetos sem tratamento algum no rio. Anderson deve iniciar esse trabalho em fevereiro de 2011, e quer chegar logo a uma conclusão. “Espero já ter um diagnóstico final até a Semana Santa”, finalizou.

Pesquisa de estudante vai investigar suposta relação entre metais tóxicos e a carne do Cari

  1. Miguel Barbosa disse:

    UNIVALVE?????????????????

    Que é isso? Acho que o nome correto seria UNIVASF.

  2. ISSO NAO PODE! disse:

    Hummmm

    Adoro Cari!!
    Cozido, assado…
    E agora?? ka ka ka

  3. JOSÉ ALBERTO BARBOSA disse:

    Gostei da pesquisa…
    Se confirmado, prestará um grande serviço a todos nós.
    Optar pelo peixe fica depois a critério de cada um…

  4. GALDINO NETO disse:

    Parabenizo o estudante pela nobre iniciativa, que trará resposta a uma dúvida que tenho. Já ouvi relatos em seminários de que a carne do cari teria níveis elevados de mercúrio. Desejo sucesso nos seus trabalhos,Anderson, de fundamental importância para a sociedade ribeirinha.

  5. Lêdo Ivo disse:

    LOUVAVEL O ESTUDO ! Mas ,eu me pergunto, em que medida é justa do ponto de vitsta cientifico a comparação do Rio Tiête com o Rio São Francisco. De fato o rio Tiête é notoriamente poluido, com as tais metais (cadmio e Mercurio) dado a uma grande concentração de industrias e uma mega população. O rio São Francisco tem uma configuração completamente diferente: Ausencia quase total de industrias e baixa população ( não é um ou dois celulares que vão poluir este riozão com 10 vezes ou mais o volume d’agua que o riozinho Tiête ) . Portanto de antemão os resultados da monografia serâo sem duvidas , opostos aos obtidos em São Paulo.
    CUIDADO !! A HIPOCONDRIA deixa muita gente doente.

  6. Professor Francisco Antonio Ramos disse:

    Isso não é uma pesquisa, é um ultimato ao consumo do Cari. Primeiro se pesquisa, depois se divulga os resultados. Nesse ultimato, o estudante tem uma tese, vai começar a pesquisar em fevereiro de 2011 e já “Espera ter um diagnóstico final até a Semana Santa”. Quem é seu professor orientador?

    Foi assim que a carne suína se tornou um vilão nas nossas mesas.

  7. Marjore disse:

    Parabéns Anderson, tenha certeza que você terá um futuro brilhante.

  8. Pirapora disse:

    ANDERSOM.

    ” UMA PESQUISA QUE VENHA COMPROVAR ALGO QUE ESTEJA REALMENTE CONTAMINADO OU NÃO, É SEMPRE BENEFICA . AGORA USAR O ACARI, PEIXE DE UMA RESISTENCIA INCOMUM PARA DESCOBRI UMA POSSIVEL CONTAMINAÇÃO DO RIO S. FRANCISCO, JÁ VEJO O RESULTADO NA MESA DO POVO RIBEIRINHO……..

  9. Galba Torres disse:

    Parabéns Garoto!
    Caso essa tese se confirme,
    faça chegar a toda sociedade esse conhecimento.
    Aí fica, a sugestão para os demais estudantes,
    Independentemente do curso, façam descobertas que possam contribuir com melhorias para comunidade.

  10. sem cometários disse:

    Parabéns pela pesquisa. Acho muito válida e realmente um serviço de utilidade pública.

  11. Clérison disse:

    Parabens Anderson

    essa pesquisa é de grande importancia para os consumidores de peixe.

    valeu Zootecnista!

  12. pedro caldas disse:

    Sucessos Anderson. agora o cari é gostoso demais. na brasa nem se fala eitá pretinho gostosoooooooooo

  13. ISSO NAO PODE! disse:

    Vou continuar comendo o meu cari, assim como chupando nossas uvas cheia de veneno. Tudo tá contaminado mesmo, ñ tem pra onde correr.

  14. Elizangela disse:

    O cari é um peixe muito consumido pelos ribeirinhos, por ser saboroso e ter preço mais acessível, por isso se faz necessário trabalhos como o de Anderson, para que a população tome conhecimento dos problemas que a poluição com materiais pesados fazem ao meio ambiente e a nós mesmos.

    Elizângela Maria de Souza

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