Pernambuco amplia acesso ao diagnóstico da Varíola dos Macacos e entrega 3 mil kits

por Carlos Britto // 20 de setembro de 2022 às 11:25

Foto: Miva Filho/SES-PE

Todas as frentes de atendimento da rede pública de Saúde em Pernambuco já estão estruturadas para receber pacientes suspeitos da Varíola dos Macacos (Monkeypox). As 15 Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPAs), que já atuam como referência na rede de urgência e emergência; assim como as 12 Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), que disponibilizam consultas médicas ambulatoriais no Interior do Estado – além de todos os Hospitais Regionais e as grandes emergências estão aptas a acolher os pacientes e realizar, na própria unidade de saúde, a coleta de material biológico das lesões cutâneas, nos casos enquadrados como suspeitos.

Para isso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) realiza, nesta semana, a distribuição de 3 mil kits para coleta de material biológico para todas as unidades da rede estadual. Além do quantitativo encaminhado, os kits podem ser solicitados diretamente pelos serviços de saúde, inclusive os municipais, mediante preenchimento de formulário e conforme a necessidade.

Atualmente, todos os serviços de saúde devem realizar a notificação compulsória e imediata (em até 24h) dos casos suspeitos e/ou confirmados da doença. Em caso suspeito, as vigilâncias municipais devem realizar o rastreamento de contatos. O Estado de Pernambuco já possui um Plano de Resposta de Saúde Pública aos casos da Monkeypox, com o objetivo de minimizar o impacto provocado pela introdução do vírus no território estadual. Também continua instrumentalizando os gestores municipais a fim de garantir uma resposta adequada à doença com envio de notas técnicas e constante atualização das Diretrizes de Vigilância e Diagnóstico.

Como ainda não há vacina para a doença, é importante que a população mantenha alguns cuidados já que a transmissão da Monkeypox ocorre por contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição a gotículas e outras secreções respiratórias. A transmissão pode se dar também por meio de objetos recentemente contaminados, como roupas de camas e toalhas. O período de transmissão começa com o aparecimento dos sintomas e se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. Caso ocorra o aparecimento de lesões é preciso procurar um serviço de saúde na sua cidade, manter o isolamento e seguir todas as recomendações médicas, a fim de evitar a transmissão e propagação do vírus.

Boletim

Até esta terça-feira (20), o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza 885 notificações, sendo 111 casos confirmados, 278 casos descartados e 496 casos que estão em investigação, sendo estes subdivididos em casos suspeitos (444) e casos prováveis (52), conforme classificação definida pelo Ministério da Saúde (MS).

Do total, 111 pacientes tiveram confirmação laboratorial para a doença. As faixas etárias são: 0 a 9 (6), 10 a 19 (10), 20 a 29 (36), 30 a 39 (34) e 40 a 49 (16), 50 a 59 (3) e 60 e mais (6). Sendo 89 do sexo masculino e 22 do sexo feminino. Dos casos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar.

Dos 496 casos ainda em investigação, 444 são considerados casos suspeitos, quando os pacientes apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox. Destes, 246 são do sexo masculino e 198 do sexo feminino. As faixas etárias são: 0-9 (67), 10-19 (90), 20-29 (97), 30-39 (84), 40-49 (50), 50-59 (35), 60 e mais (21).

Com relação aos casos prováveis, que também estão em investigação, foram registrados 52 (quando os pacientes se enquadram como suspeitos e, além da lesão cutânea, apresentam outros critérios, como exposição próxima e prolongada com caso provável ou confirmado). Destes, 38 são do sexo masculino e 14 são do sexo feminino. As faixas etárias são: 0-9 (5), 10-19 (8), 20-29 (15), 30-39 (9), 40-49 (13), 50-59 (1), 60 e mais (1). Outros 255 casos foram descartados.

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