Internada no Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) há dois meses com um quadro grave de neuromielite óptica (uma doenca rara), a paciente Solange Santana de Castro, de 53 anos, enfrenta dificuldades para conseguir uma vaga de transferência para Salvador (BA), onde precisa realizar um tratamento essencial para sua condição. Segundo a filha de Solange, o procedimento de plasmaférese foi recomendado pelos médicos, mas a solicitação feita há duas semanas ainda não teve resposta. Enquanto isso, seu estado de saúde se agrava, com perda total dos movimentos dos braços e pernas, uso de sonda urinária, dificuldades na fala e dores intensas.

A plasmaférese é um procedimento que filtra o sangue para remover substâncias prejudiciais, como anticorpos que atacam o próprio organismo. No caso da neuromielite óptica, essa técnica ajuda a reduzir a inflamação e controlar os surtos da doença, melhorando os sintomas e evitando novas crises. Funciona como uma espécie de “diálise do sangue”, retirando o plasma contaminado e substituindo-o por uma solução saudável. É um tratamento essencial para pacientes com a condição, principalmente em casos graves como o de Solange.

Embora o hospital já tenha recebido o medicamento Ravulizumabe, que pode ajudar no tratamento, especialistas alertam que a plasmaférese deveria ser feita antes da infusão do remédio para melhores resultados. Sem a vaga, Solange poderá ser medicada e enviada para casa, mesmo sem garantias de melhora. A família e os profissionais de saúde cobram urgência na regulação para que a paciente tenha acesso ao tratamento adequado.