Oposição alega “falta de clareza”, mas projetos do Executivo passam mais uma vez com folga em sessão extraordinária da Casa Plínio Amorim

por Carlos Britto // 08 de janeiro de 2018 às 16:58

A autorização concedida ao prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, para uma viagem a Alemanha e Portugal, entre os dias 6 e 18 de fevereiro, foi o único ponto em comum entre governistas e oposicionistas na sessão extraordinária desta segunda-feira (8). O projeto de decreto legislativo foi aprovado pela unanimidade dos 22 vereadores. Mas nos dois projetos de lei, de autoria do Executivo, o que se viu foram as mesmas discussões travadas entre os representantes das duas bancadas até agora.

Num deles, o 034/17 – que cria o Programa Municipal de Infraestrutura Hídrica, Terraplenagem e Estradas de Acesso às Unidades Produtivas de Petrolina – as críticas da oposição foram acerca de uma espécie de pagamento cobrado pela administração pelo homem do campo pela mão-de-obra e combustível usado pelas máquinas da prefeitura em serviços no sequeiro.

Uma das integrantes da bancada, a vereadora Cristina Costa (PT) justificou que o maquinário pertencente a várias prefeituras, incluindo a de Petrolina, foi fruto de parceria com os Governos Lula e Dilma. Portanto, não era para os pequenos agricultores pagarem por nenhum serviço. Ela também alegou faltarem informações mais claras a respeito da participação de convênios com entidades no programa, que entrariam como parceiras.

O projeto foi aprovado em primeira votação por 14 votos contra cinco, e na segunda votação por 15 votos a cinco. Dois vereadores – Elismar Gonçalves (PMDB) e Ronaldo Silva (PSDB) – decidiram se abster.

Empréstimo

Também não faltou polêmica em relação ao projeto 035/17, que autoriza a administração a contrair um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para pavimentar várias ruas e localidades de Petrolina. A oposição novamente criticou a “falta de clareza” nas informações, a começar do montante referente à operação de crédito. Segundo Cristina, a proposta de empréstimo seria de até R$ 60 milhões, mas o projeto colocado em votação refere-se a esse valor exato que será utilizado pela administração.

O número total de ruas a serem pavimentadas também foi alvo de questionamentos. Integrantes do governo falaram em 150 vias, mas o próprio líder governista, Ruy Wanderley (PSC), informou que esse número será avaliado por Miguel Coelho. De qualquer forma, a matéria foi aprovada por 17 votos a favor, contra os cinco da oposição.

Oposição alega “falta de clareza”, mas projetos do Executivo passam mais uma vez com folga em sessão extraordinária da Casa Plínio Amorim

  1. Sempre Atento disse:

    Quatro anos passando só o rodo,se fosse em outros tempos, tinha uns moralistas ai metendo a madeira,agora vota feito uma ovelhinha ou um cachorrinho na coleira pra não perder a ração do prato.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários