Obras da Transnordestina são retomadas em Pernambuco

por Carlos Britto // 10 de novembro de 2012 às 19:20

Trabalhadores da Ferrovia Transnordestina começaram a retomar as atividades nas frentes de serviço de Pernambuco, após uma semana de paralisação de quase metade da categoria de 3,5 mil trabalhadores. O número da mobilização também inclui os serviços nos trechos do Ceará e do Piauí, onde a greve continua.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem de Pernambuco (Sintepav-PE), Aldo Amaral, o sindicato pediu uma trégua aos trabalhadores porque a empresa sinalizou a retomada das negociações em esfera administrativa, evitando a judicialização. “Teremos outra rodada de negociação na segunda-feira (12) e que está caminhando para uma boa resolução entre as partes”, pontuou.

A Odebrecht Infraestutura se posicionou por nota, via assessoria de imprensa, na qual informou que, durante reunião realizada ontem (9), no Recife, entre representantes da empresa e os sindicatos dos trabalhadores dos três estados, ficou acordada a necessidade do retorno imediato dos trabalhadores às frentes de serviço na obra, principalmente nos estados do Piauí e Ceará.

“Em Pernambuco, o sindicato local orientou aos trabalhadores da Ferrovia Transnordestina sobre o retorno às atividades, o que ocorreu ao longo do dia de ontem. Nos estados do Piauí e do Ceará, no entanto, os trabalhos foram interrompidos, apesar da necessidade do retorno imediato às atividades ter sido reafirmada também com os sindicatos destes estados, durante encontro na Superintendência Regional do Trabalho, ocorrido na última quarta-feira (7)”, diz a nota.

Segundo matéria publicada no jornal Folha de Pernambuco, a Odebrecht Infraestrutura reafirmou ainda que cumpre integralmente a legislação trabalhista, mantendo sempre “elevado respeito pelos trabalhadores de suas obras”. A Ferrovia Transnordestina terá 1.728 quilômetros e parte de Eliseu Martins, no Piauí, com duas conexões portuárias: Pecém (no Ceará) e Suape (em Pernambuco). Seu custo atual é de R$ 5,4 bilhões.

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