O acesso à Univasf e a “exclusão” dos sertanejos

por Carlos Britto // 09 de setembro de 2015 às 07:20

abraçaço univasf3A proposta de um bônus na nota do Enem para os estudantes da região que concorrerem a uma vaga na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) representa uma luz no fim do túnel ou uma esperança para milhares de estudantes sertanejos que acreditam estar sendo “excluídos” da instituição.

É que desde que o Enem foi adotado, a partir de 2009, como única forma de ingresso na Univasf, os estudantes da Bahia, Pernambuco e Piauí questionam-se por que estariam sendo expostos a uma concorrência nacional.

Na última sexta-feira (5), em Petrolina, estudantes oriundos dos ensinos público e privado, pais de alunos e o vereador de Juazeiro (BA), Anderson Alves da Cruz, discutiram a temática.

A luta dos estudantes é baseada, principalmente, na portaria nº 21/2012 do Ministério da Educação (ME) que editou o documento conferindo à universidade o direito de adotar eventuais bonificações à nota do estudante no Enem, como ação afirmativa de desenvolvimento regional.

A UFPA e a Unifespa, ambas do Pará, por exemplo, adotam o bônus desde 2012 e, no último ano, 98% das vagas foram ocupadas por paraenses. No Nordeste já adotam bônus, dentre outras: a UFPE (Campi de Caruaru e Vitória de Santo Antão), a UFRN (Campus de Caicó) e a UFAL. Professores afirmam que nestas universidades as vagas têm sido preenchidas, majoritariamente, por jovens das respectivas regiões, o que, a médio e longo prazo, geraria um círculo de desenvolvimento profissional, uma vez que, quando graduados, esses jovens exercerão suas profissões no lugar onde sempre viveram.

Mas no Vale do São Francisco os estudantes continuam à espera do tão sonhado bônus. Em vários depoimentos enviados ao Blog, grupos relataram que o reitor da Univasf, Julianeli Tolentino, em abril de 2015, teria prometido lutar para que o Conselho Universitário aprovasse um bônus de 20% até junho de 2015, coisa que não aconteceu.

Diante da dúvida, os milhares de estudantes da região questionam até a independente política interna da Univasf e pressionam por uma resposta.

Sobre a concorrência do Sisu 2014/ Enem 2013, os defensores do bônus querem saber, por exemplo, dos 505 estudantes/vaga dos cotistas e dos 189,5 candidatos/vaga dos cotistas, que tentaram entrar no curso de Medicina em Paulo Afonso. Qual a cidade em que os jovens aprovados cursaram o Ensino Médio, uma vez que o relatório da instituição não traz essas informações?

Ainda em 2014, a Univasf abriu processo seletivo para reopção de curso, no qual constavam 498 vagas ociosas. Antes, em 2007 (quando o Enem não era adotado), houve edital para 103 vagas ociosas. Diante disso, os defensores do bônus querem saber de onde são esses estudantes que mais abandonam os cursos, gerando as vagas ociosas? A universidade já investigou o motivo de tanta evasão? A evasão gera prejuízo aos cofres públicos?

Os representantes da classe estudantil esperam  que antes do Conselho Universitário decidir em não adotar a bonificação para os alunos que cursaram todo o Ensino Médio nas escolas dos 256 municípios que integram as mesorregiões da Univasf, façam uma análise técnica sobre a situação do desempenho das escolas dos 246 municípios de suas mesorregiões no Enem 2014.

Numa apreciação superficial, segundo os grupos, teria sido observado que as melhores escolas de algumas cidades onde a Univasf tem campi ocupam posições no ranking nacional, respectivamente: 1.368º lugar (melhor particular de Petrolina), 1.778º lugar (melhor pública de Petrolina), 3.835º lugar (melhor particular de Juazeiro), 3.986º lugar (melhor escola de Paulo Afonso, sendo pública federal) e 12.632º (melhor escola de São Raimundo Nonato, sendo pública estadual).

Para os estudantes sertanejos, uma bonificação prevista em lei é, sobretudo no semiárido, nada mais que justiça social.  Se for um bônus de 10% como adotou a UFPE, ou 20%, como defendeu o reitor Julianeli Tolentino, isso poderia ajudar os sertanejos estudiosos. Para os defensores do bônus, reconhecer a posição das escolas sertanejas no ranking nacional não seria desmerecê-las, e sim valorizar gestores, educadores, estudantes e suas famílias. No fundo, os estudantes desejam mesmo é que a Univasf acolha os milhares de sertanejos que a colocaram como meta de uma vida.

O acesso à Univasf e a “exclusão” dos sertanejos

  1. AGNUS DEI disse:

    Já comentei sobre este mesmo assunto em outras postagens anteriores. O tema em questão não é a dificuldade do ingresso do sertanejo na UNIVASF, pois isto não é verdadeiro. Em torno de 90%, isto já acontece. A questão real é o CURSO DE MEDICINA. A evasão do curso de medicina da UNIVASF praticamente inexiste. Pra ser estudante de medicina, em qualquer lugar deste país, tem que ser excelente aluno desde o ensino primário. A bonificação no ENEM em nada irá ajudar o filho do sertanejo a ingressar no curso de medicina. Apenas os filhos de burgueses desta cidade, que sempre estudaram em escolas particulares, serão contemplados. Portanto, cabe aqui a mais importante pergunta aos defensores do bônus: – QUAL A COMPENSAÇÃO SOCIAL QUE A CRIAÇÃO DESTE BONÛS IMPACTARÁ NA REGIÃO DO VALE SOCIAL, já que apenas os privilegiados de escolas privadas e cursinhos ingressarão no curso de medicina da UNIVASF?

    1. oxe disse:

      Onde tem escrito na Constituição que aluno de escola particular não pode usufruir de instituições públicas do Estado? Além disso se tu acha que aluno de escola pública de Petrolina não teria vaga no curso de medicina com o bônus, só pode estar muito equivocado e desinformado em se tratando das notas de corte das vagas destinadas a tais pessoas, nem aqui nem na China um aluno de escola pública de fora da região concorreria com os estudantes também instituições públicas de nossa região, com o bônus de 20%. Busque as notas de corte desse ano e faça o cálculo.

  2. estudante de Petrolina disse:

    O que eu não vi ser comentado pelos supostos líderes estudantis, já que essa entidade só foi criada para tentar essa bonificação e nada mais, quando citam as bonificações nada comentam sobre o recorte para escolas públicas como ocorre nas outras universidades, só tem direito ao bônus estudantes que cursaram todo o ensino fundamental e médio emb escolas públicas! Pq será que os estudantes dos cursinhos particulares de Petrolina nada falam sobre esse recorte?

  3. Fábio disse:

    Como uma das pessoas que teve a imagem associada à matéria em tela, na foto que nada tem a ver com a mesma, creio que cabe uma resposta.

    A manifestação “Em defesa da Pesquisa e da Pós-Graduação na Univasf” legítima dos servidores e estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco contra os cortes no financiamento da universidade (cortes executados pelo governo federal) e o abraço simbólico a um dos prédios da universidade, ocorreram no último dia 27 de agosto. Na mesma data, ocorreu no Hemope a segunda edição da campanha “Professores dão o sangue pela educação”, que já faz parte do calendário dos professores da instituição. Destaque-se que em nenhum dos dois eventos a criação das cotas regionais estava em pauta.

    Não estou aqui fazendo juízo de valor a respeito da manifestação pelas ditas cotas regionais, penso que a instituição tem estudos a respeito do ingresso de estudantes em quantidade suficiente para tomar posição. Manifestar-se é legítimo. Mas as imagens e as palavras tem que fazer coro. A imagem acima não faz coro algum com a matéria, nem mesmo representa os manifestantes por cotas regionais. Como um crítico, creio que foi uma péssima escolha do editor do blog, e um equívoco terrível para a qualidade da informação prestada; meu lado cético, sempre avalia que houve má fé. Mas quero acreditar no meu espírito crítico e deixar o ceticismo de lado. Mas peço encarecidamente que o blog retire a imagem, na qual estou presente, da matéria.

  4. cabra retado disse:

    rpz, eu sou totalmente a favor do bônus regional porque vai beneficiar não só minha região, mas 256 municípios. Soubê desse dado no fórum promovido pela UES e vi que são dados que mostram que esse quadro só tem a piorar, já que muitas faculdades estão fechando as portas para outras pessoas. Agnus dei, não é somente o curso de medicina mas todos os cursos se vc não sabe ler…eu estou tentando engenharia civil a 2 anos e ainda não obtive sucesso, eu estudo muito mas vejo que tem muitas vagas ociosas na univasf…..sou totalmente a favor !!!!! Parabéns pela iniciativa UES

    1. AGNUS DEI disse:

      Infelizmente eu sei ler, tanto que se eu fosse corretor de redações do ENEM, teria lhe dado um grande ZERO pelos erros de português que existem no seu breve texto, como por exemplo: …eu estou tentando engenharia civil a 2 anos … LAMENTÁVEL. Você deveria escrever da seguinte maneira: … …eu estou tentando engenharia civil HÁ 2 anos … Entendeu a razão de você ainda não pertencer à UNIVASF?

      1. Sinceramente... disse:

        Obrigada pelas verdades ditas! Estão todos cegos, devem estar tentando medicina…

      2. cabra retado disse:

        Agnus, ou melhor dizendo ALIENADO, por trás de uma tela você se torna o maior crítico do mundo, mas quero ver se fora dela você é o que pensa ser. Você entendeu perfeitamente minha mensagem, eu não preciso de um corretor alienado como vc. Acho que possivelmente vc deve estar fazendo univasf para ser contra uma proposta dessas, então sinto pena da sociedade que terá um profissional alienado e hipócrita como vc….. Se vc é contra, isso não mudará minha opinião, só fará com que eu reafirme porque eu sou a favor do bônus. E outra, não é somente medicina, mas todos os cursos para ampla concorrência e escolas públicas em todas as modalidades…..Sou totalmente a favor!!!!!

  5. Estudante do Sertão disse:

    Que representantes da classe estudantil? Por que o blog não citou qual classe estudantil é? É essa UES(não me diga q ela é a favor da bonificação? rsrsrs)? Isso é tão estranho o.O
    Só acho que deveria ser citado qual a classe de estudantes. Visto que a própria Univasf tem seu Centros e Diretórios Acadêmicos e o grande DCE. Ao deixar vago no texto, alguém pode achar que eles estão por trás disso.

  6. Cacau disse:

    Sou totalmente a favor deste bônus regional, pois sei da dificuldade que temos em ter profissionais qualificados das mas diversas profissões e muitos estudantes nordestinos sendo muitas vezas impedido de ingressar na universidade pela desigualdade socioeconômica. Esta luta não e de uma só classe social e de todos nordestinos que sonhou em ter uma universidade na porta de casa e quando temos não podemos usufruir dando lugar a pessoas de outros estados que vem ocular estas vagas vão embora e aqui fica a grande falta de profissionais.
    Parabéns pela iniciativa da UES e o grupo de pais que estão lutando por um direito que e nosso.

    1. AGNUS DEI disse:

      Mais um a favor do BÔNUS que também não sabe redigir um simples texto. Aconselho estudar bastante pra não ter que passar vergonha em um Blog tão visitado!

  7. Ricardo Lima disse:

    Esses donos donos de cursinho, vereadores e reitor (todos foliões) deviam parar de viajar na maionese. Estatísticas da própria Univasf mostram que as vagas são majoritariamente ocupadas por alunos das regiões onde ficam os campi.
    Links abaixo.
    Estatísticas 2012 (pág 24): http://www.srca.univasf.edu.br/arquivos/PS_ICG_2012_Estatisticas_do_PS_ICG_2012_2_PS_ICG_2012_2.pdf
    Estatísticas 2013 (pág 28):
    http://www.srca.univasf.edu.br/arquivos/PS_ICG_2012_Estatisticas_do_PS_ICG_2012_2_PS_ICG_2012_2.pdfnos de cursinho, vereadores e reitor (todos foliões) deviam parar de viajar na maionese. Estatísticas da própria Univasf mostram que as vagas são majoritariamente ocupadas por alunos das regiões onde ficam os campi.
    Links abaixo.
    **Estatísticas 2012 (pág 24): http://www.srca.univasf.edu.br/arquivos/PS_ICG_2012_Estatisticas_do_PS_ICG_2012_2_PS_ICG_2012_2.pdf

    **Estatísticas 2013 (pág 28):
    http://www.srca.univasf.edu.br/arquivos/PS_ICG_2012_Estatisticas_do_PS_ICG_2012_2_PS_ICG_2012_2.pdf

    Agora se o reclame for específico sobre o curso de medicina, vejam se nas outras instituições públicas de ensino as vagas de medicina são preenchidas por candidatos locais.

  8. Niel disse:

    Não estudei em escola particular de Petrolina, e sou a favor do bônus, tanto para os de escola pública como para os de escola privada dos 256 municípios (apesar que parte deles não tem escola privada)
    O bônus é simplesmente um direito do estudante sertanejo, cabe a todos lutarem por seus direitos até que conquistem!

  9. D.Lima disse:

    Esse bônus é injusto. A maioria dos estudantes da UNIVASF são sim da região, esse bônus pesa muito na nota final, tirando assim a vaga de quem realmente se dedicou e atingiu a nota para ingresso na universidade. Fala-se do sofrimento dos nordestinos, mas não são apenas os nordestinos que sofrem e passam por dificuldades.
    Parem de querer uma coisa que só beneficia a vocês mesmos. Por que vocês são mais merecedores que outras pessoas?
    Da mesma forma que outras pessoas de fora podem concorrer a vagas na UNIVASF, as pessoas oriundas do vale também podem concorrer a vagas fora daqui. Estudem e alcancem por “MÉRITO” esses 10 ou 20% que vocês buscam

  10. Nayanna disse:

    Carlos Britto fez feio com essa matéria sensacionalista. Digo não ao bônus!
    A realidade nos mostra que grande parte dos estudantes são da região com excessão do curso de MEDICINA!

    Jogada política e econômica, na cara suja e deslavada. Já em votação os discentes se mostraram contra e essa sera nosso voto no conuni.

    A imagem da matéria não diz respeito ao que a mesma trata.

  11. Sincera disse:

    “O bônus é simplesmente um direito do estudante sertanejo…” amigo, o estudante sertanejo não é especial não. A universidade é federal e TODOS (sertanejo ou não) tem o direito de igualdade na concorrência de vagas na univasf. Quer ser especial? Vai estudar até sair sangue dos olhos igual mts fazem pra conseguir a tão sonhada vaga de medicOPS… a tao sonhada vaga na univasf. O CHORO EH LIVRE. CHOLA MAISSSS!

  12. Rodrigo dos Santos Silva disse:

    Eu acho que é se achar burro demais pra ter medo de concorrência e ficar indo atrás de modos mais fáceis de entrar na faculdade… simples assim: Quer entrar na faculdade? Estude meu amigo… A informação é aberta a todos! Mas quer ficar no whatsapp o dia todo e passar em medicina… aí fica difícil…

  13. Luis Fernando disse:

    Sou do Rio Grande do Sul, terminei meu segundo grau em uma escola técnica particular de São Paulo (onde deixava 80% do meu salário para pagar a mensalidade) e digo sem medo de errar: Em todos os estados existem boas e más escolas. Tanto que a escola que eu estudei não tinha aulas de física, química e matemática (só tive duas aulas de matemática durante o ano). Foi denunciada e acabou sumindo. Algumas escolas particulares da região disponibilizam um excelente ensino e ainda querem ganhar bônus? Se quiserem ingressar na UNIVASF, em medicina ou qualquer outro curso, que gastem seu tempo estudando e parem de perder tempo buscando favores. Não fiquem contando com favores. Façam por si mesmos. O professor não explicou direito? Na internet há uma porrada de sites onde você pode realmente aprender sobre tudo. Para mim esse é um dos melhores e já disponibiliza muito conteúdo em português:

    https://pt.khanacademy.org/

    Ah, mas tem muita coisa que está só em inglês! É verdade. Mas, qual o curso que vocês querem cursar mesmo? Engenharias, Medicina, Farmácia, Computação etc? Lamento informar, mas se não souber ao menos o básico em inglês, terão que aprender na marra, já que mais de 95% dos artigos do mundo que terão que usar está em inglês.

    Chega desse coitadismo e desse complexo de inferioridade sertanejo. Vocês não são inferiores ou superiores a ninguém.

  14. Helena disse:

    A discussão sobre a bonificação para estudantes da área de abrangência da Universidade FEDERAL do Vale do São Francisco (UNIVASF) traz somente benefícios. Ledo engano. Algumas críticas e apontamentos necessitam ser feitos, uma vez que esse bônus exagerado seria injusto. “Toda unanimidade é burra”, diz a antiga frase. Por isso, deve-se analisar a proposta melhor e estudar as suas reais consequências, como também suas ideias de partida para um todo melhor da educação
    nacional.

    Uma bonificação de 10%, como pedido por um grupo de estudantes, e de 20% pelo Sr. Reitor, extinguiria a possibilidade de estudantes de além região de concorrem – simplesmente concorrerem – com seus iguais dentro da Lei das Cotas do Governo Federal no Vale do São Francisco, caracterizando uma medida xenófoba, tão criticada quando se refere a outro grupo, região ou país. Por exemplo, um estudante do interior de qualquer região nacional que não possua no seu entorno uma universidade, teria que se deslocar, por mais que sejam difíceis as condições, para outra privilegiada, para conquistar sua formação, e possivelmente voltar para sua cidade de origem. Tal realidade era vivida pelos estudantes da região do Vale do São Francisco antes da implantação da UNIVASF. Mas as situações mudam. Antes desprivilegiada, torna-se, agora, privilegiada, e, ao invés de acolher normalmente os estudantes de outras regiões, até mesmo do próprio nordeste, criam barreiras institucionais, a fim de garantir a hegemonia e superioridade local.

    O impacto das notas: supondo que um aluno de além-região tire 750 pontos no ENEM e teria nota suficiente para passar no curso desejado, e outro da região que tirasse 700 pontos, com a bonificação de 10%, ficaria com 770 pontos, sobrepujando quem teria sido mais eficiente na prova e possivelmente ter estudado mais nos seus anos de escola e de preparações dentro de suas respectivas áreas de cotas. Se com dez por cento já existe toda essa distinção, imaginem vinte por cento, um absurdo.

    A cada ano é possível enxergar a crescente taxa de entrada de alunos locais nos cursos oferecidos, o que demonstra que os estudantes das circunvizinhanças estão despertando para a atual realidade do que é o Exame Nacional do Ensino Médio e o que é concorrência de fato. Não é de se admirar que muitos estudantes estão sendo aprovados no primeiro teste de seleção que fazem, pois muitas escolas (públicas e particulares) estão adaptando seus currículos para a atual necessidade de intelecto crítico proposto pelo Ministério da Educação e pelo INEP. O que acontece com muitos estudantes da região é que foram de uma outra época educacional, onde o que mandava era a decoração e os cálculos. Estes estudantes penam muitas vezes em cursinhos ou em casa para adaptar-se a nova realidade. Por outro lado, têm-se os estudantes que cursam o ensino médio de um modo inferior ao que poderia ser aplicado por ineficiência, em alguns casos, da própria instituição(escolas), professores e alunos; tanto de escolas publicas e particulares. Uma vergonha para as particulares, já que se paga milhares de reais por ano, entre escola e cursinhos. E para as públicas, mas menos ainda para esta, pois em Petrolina, segundo o ranking do Enem, dentre as quatro primeiras posições no geral estão duas públicas, uma em segundo lugar, outra em quarto. A concorrência entre publica e privada na região está se tornando acirrada.

    Poucas universidades no nordeste adotam tal medida de bonificação. Não é porque só elas possuem esse absurdo facilitador que se deve ter em todas. Cada uma tem os seus motivos. A UNIVASF não tem nenhum motivo para a adoção da bonificação, nenhum. A ampla maioria dos estudantes da Instituição são da região. Por si só, isso já exclui qualquer necessidade de bonificação. Qual seria a necessidade? Nenhuma. Isso já ocorre. Ou seja, bonificação desnecessária.
    E cupão outros alunos pela sua não aprovação. O ENEM é uma prova contra si mesmo, e não contra outro. O que falta na região são pessoas, professores e escolas mais bem preparadas para concorrem, e não medidas paliativas e injustas, mediante o medo da concorrência dentro de suas áreas de cota. A Lei das Cotas que já trouxe maior justiça as discrepâncias que todos sabem que existem na educação brasileira entre os estudantes de escolas públicas e particulares, infelizmente.

    Muitos exemplos podem ser citados de alunos da região que vem conseguindo atingir seus objetivos sem a necessidade desse “grande absurdo empurrão” proposto. Como o primeiro lugar (isolado em relação ao segundo colocado) em medicina 2015 do Campus Centro da ampla concorrência ser da região – vale salientar que isso demonstra a capacidade do aluno local – ou a maior quantidade de outros estudantes mesmo da ampla concorrência sendo aprovados, mesmo que em outras posições; mas também de cotistas, que se pode pensar que foi o ano com mais aprovações desse grupo por alunos regionais. Pessoas que buscam vagas em cursos mais concorridos penam de fato para entrarem, normal, maior concorrência é igual a maior dificuldade, mas isso foi uma escolha, pois todos sabem da concorrência que existe e do nível que chegam os candidatos, independentemente de serem da cota particular ou pública. O que resta é estudar e se dedicar, pois o momento de todos chegam, o nível intelectual e espiritual suficiente também.

    A ideia de uma universidade é tornar comum o conhecimento e agrupar mentes e ensiná-las a ir além. Povos de diferentes regiões trazem consigo mais do que sonhos, trazem conhecimentos de mundo e culturas que somente enriquecem os círculos de convivências e a própria universidade. Não se referindo a região A, B ou C, mas a uma totalidade multicultural que é o Brasil. Agrupar universos diferentes, este deve ser o pensamento, e não se fechar ao mundo, em uma atitude precipitada, xenófoba, sem poder de reação pelos afetados negativamente (estudantes de outras localidades não sediadas pela UNIVASF).

    Apoiar a ideia de aumentar a quantidade de estudantes da região é louvável, mas não se pode praticamente apenas aceitá-los, como visto no exemplo do cálculo das notas. Campus onde as sedes são mais antigas tendem a ter proporcionalmente maior quantidade de estudantes locais, como é em Petrolina e em Juazeiro. Não ocorre ainda em Paulo Afonso, pois o campus é novo e a população da cidade ainda começa a enxergar a necessidade de mais estudar e se dedicar para passar, a concorrência permite isso, quando se percebe que não é tão fácil. Somos todos brasileiros lutando por um País melhor e uma vida melhor.

    Além disso, a UNIVASF, como qualquer outra universidade federal, foi construída e é mantida por recursos federais. Ou seja, aquela menina no sul do Rio Grande do Sul e aquele menino do norte do Amapá ajudaram e ajudam a construir e a manter a UNIVASF. Todos os brasileiros têm iguais participações e, por isso, devem ter isonômicas chances de entrarem em uma universidade dentro da sua modalidade de cota.
    Todos sabem que quase todos os cursos da Univasf são compostos por estudantes locais. Os únicos cursos que não tem essa característica são os de medicina e de arqueologia. Primeiramente sobre medicina, este curso é o mais disputado, ou seja, com maior quantidade de pessoas interessadas no país, atualmente e historicamente. Agora sobre os dois, todos os lugares onde existem esses cursos são assim, e obviamente as pessoas vão para onde passarem seguindo seus sonhos e realizações, independentemente se são ricos, classe média ou pobres, todos acabam buscando escapatórias, por mais difíceis que sejam. Existem famílias que se mudam pelo sonho do filho. Isto não se refere apenas ao curso de medicina ou arqueologia, mas de qualquer pessoa que tem um sonho. Arqueologia, diferentemente de medicina, possui sua grande busca na Univasf devido a pouca oferta dessa ciência no País.

    Outro ponto a ser observado é o da origem da medida. Claramente essa medida é para privilégio de entrada para os estudantes, sobretudo de Petrolina, ao curso de medicina. Obvia é a pressão feita por algumas pessoas dessa cidade que não suportam ver seus filhos tendo que estudar para algo que deveria ser fácil por ser na sua cidade. Curioso é o discurso feito para popularizar a causa, como se fosse algo que ajudaria a todos. Porque, como dizem: “A UNIVASF é nossa”. Nossa ela é, mas “nossa” no sentido que é de toda a população brasileira, e não apenas da região. Alguns cursinhos pré-vestibulares ajudam a disseminar a errônea bonificação para os estudantes, para mostrá-los que poderia ser mais fácil se não fossem os “monstrinhos” de outros lugares. Existe muita reclamação e pouca dedicação. Os pais não entendem como seus filhos que passam o dia nos cursinhos e isoladas não passam, mesmo não estando em uma capital, mesmo pagando horrores aos cursinhos e isoladas, doí em dizer que os alunos passam mais tempo vendo um professor resolver questões do quê estudando de fato, o professor não vai responder a prova para o aluno. O Brasil é constituído por mais 200 milhões de pessoas e não apenas as 350 mil de Petrolina, ou qual seja a população das outras cidades. Ou seja, a concorrência é no mínimo grande dentro dos estudantes na faixa de vestibulandos. Doí em dizem também, mas Petrolina é uma das cidades mais importantes do interior nordestino, e, por isso, pode ter o status de uma capital. Capitais reúnem pessoas, famílias, passados, futuros, sonhos, pesadelos. Não é fácil para ninguém, seja ampla concorrência daqui, seja cotista daqui, seja ampla concorrência de fora, seja cotista de fora.

    Na UNIVASF, 86,39% das vagas ofertadas no ano de 2013 tiveram APROVADOS dos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí. Se falarmos de toda a região Nordeste, a representação sobre para 90,23%. “Ah, mas em Medicina é diferente!”. Das 80 vagas ofertadas em Medicina, 49 (61,25%) foram aprovações de Bahia, Pernambuco e Piauí – a representação sobe para 75,00% quando falamos de região Nordeste. É mesmo preciso 10,00% de vagas para a região? Como se pode ver claramente, as vagas de medicina são ocupadas sim pelos alunos da região nordeste, está trazendo sim desenvolvimento para a região nordeste. Mais uma vez, por si só, essa informação já desqualifica a necessidade da bonificação. A missão da Universidade FEDERAL do Vale do São Francisco está sendo cumprida, trazer desenvolvimento diretamente e indiretamente. Mesmo que alguns alunos saiam depois de formados, durante principalmente os dois últimos anos de curso, os estudantes de medicina são inseridos no quadro de profissionais para atendimento nas áreas de Pediatria, Medicina de Família e Comunidade, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica. Todos os estudantes, da região e fora, atuam diretamente na promoção da saúde na região. Além disso, é esquecer que outros lugares precisam tanto ou mais que aqui; já que é uma demanda nacional e mundial.

    Torna-se claro, portanto, que a bonificação é algo plenamente desnecessário diante da realidade da Universidade FEDERAL do Vale do São Francisco.

    Esperemos o bom senso do conselho da reitoria, do reitor, dos servidores, dos alunos, da comunidade.

    – Texto de Pedro Victor Escobar, aluno de escola pública, petrolinense e aprovado em Medicina na UNIVASF

  15. Educadora disse:

    Numa sociedade democrática o debate é esperado. Mas, nesse debate, quero contribuir com três observações:
    1. Se o MEC tornou regulamento legal a bonificação é porque reconhece as desigualdades desse país continental. Para os que são contra o bônus atenção para esse dado: a melhor escola pública colocada no Ranking do Enem 2014, das seis mesorregiões da UNIVASF, está em 1.778º lugar (ou seja, tem outras 1777 escolas públicas com maior desempenho que a nossa melhor escola pública) Assim, no Brasil das desigualdades, a bonificação reduz as exclusões,
    2. Para quem disse que esse bônus só serve para medicina e escola privada, quanta desinformação! Na UNIVASF, desde 2009, as vagas são divididas igualmente: 50% para os egressos de escola pública e 50% para os egressos de escola privada. Assim, o bônus favorece todos os sertanejos.
    3. Nunca uma política afirmativa pode ser classificada como xenofóbica. Os contra-bônus, reflitam esse fato: a USP e a UNICAMP não doam vagas de seus melhores cursos para o ENEM/SISU. Qual o sertanejo que pode fazer duas viagens à São Paulo e concorrer com eles no vestibular que fazem? Poucos, raríssimos.

  16. Estudante disse:

    Eu li todos os comentários. Infelizmente é patética a hipocrisia de alguns, pois ao invés de estarem estudando nos seus respectivos cursos(creio que já tenham passado), estão aqui tentando derrubar o movimento de muitos sertanejos que querem igualar o nordeste com o restante do país, desigualdade que já se estendem por longos séculos. Vocês estudam história? pois se estudarem, verão que o nordeste já se tornou a grande potência do país um dia, e durou mais de 2 séculos. Mas o que aconteceu desde então? O que houve após que o eixo econômico se voltou para a região sudeste? Vocês estão aqui defendendo que o brasileiro tem o direito de ir e vir pelas diversas faculdades federais de nossa federação, mas pergunto uma coisa: se você é rico, e acha que sua família tem grana pra te bancar fora do estado, ela teria dinheiro pra bancar também os milhões de adolescentes nordestinos que tentam ingressar em uma faculdade aqui, lá fora? Creio que temos que tratar os desiguais desigualmente até que eles se igualem com os demais. Tudo bem que a educação do Brasil não é lá essas coisas em nenhuma região do país, mas você já comparou as outras regiões com nordeste? Aliás, vocês conhecem a HISTÓRIA desde a criação da UNIVASF e sabe o REAL MOTIVO dessa faculdade ter sido criada??! Creio que não. Creio que por egoísmo, egocentrismo, ou por ter alguém muito próximo tentando ingressar na universidade, vocês se voltam contra o bônus e dedicam tanto tempo pra derrubá-lo. Quero dizer que estudo, e não é pouco não, estudo várias e várias horas por dia, cada dia do ano, inclusive aos domingos. E tô estudando pra passar com, ou sem bônus, porém, se eu fosse egocêntrico e visasse apenas o meu lado, eu não seria a favor do bônus. Mas reconheço que além de mim, existem outros milhões de pessoas na área de abrangência da Univasf, e nem todas tem condição nem de acesso à internet, quanto mais ao ensino em um cursinho particular. Muitos associam a imagem do bônus a um só cursinho, o que é totalmente sem nexo. Creio que se o bônus for beneficiar cursinhos, vão beneficiar todos em uma mesma proporção. Enfim, antes de usar como argumento que os cursos da Univasf, em sua grande maioria, são preenchidos por pessoas do nordeste, tente estudar um pouco o grupo da U.E.S e vão perceber que NORDESTE é bem diferente de SERTÃO. Uma dica: vão se dedicar aos seus estudos e procurem se tornar melhores. Só por vim aqui no fórum tentar dar uma de corretor do ENEM mostrando os erros das pessoas, sem a mínima humildade, já perdeu o meu respeito.

  17. Rose disse:

    Querem passar o tempo ouvindo música ruim, bebendo cachaça e indo festa de camisa… meu amigo pra passar em vestibular tem que estudar!!!

  18. AGNUS DEI disse:

    Para os que acreditam que conhecem a história do nordeste e do Brasil, devem então lembrar da LEI DO BOI que fora criada para beneficiar os filhos de fazendeiros; ou seja, estes não precisavam prestar vestibular, pois a sua vaga já estava garantida. Felizmente, este absurdo, esta injustiça fora extinta, já que não beneficiava o filho do empregado da fazenda, e sim, o filho do patrão. Perceberam que este benefício não era acompanhado de mudanças sociais,pois o filho do fazendeiro viraria dono da fazenda com o tempo, e o filho do empregado, seria empregado, num ciclo vicioso de desigualdade. Então, de repente, não mais que de repente, surge no século XXI, a UES querendo reeditar a LEI DO BOI em prol dos estudantes de escolas privadas do Vale do São Francisco, utilizando-se do baixo apelo de que abriria oportunidade para os estudantes de mais de 200 municípios sertanejos. Se permitirem isso, estaremos sim, criando uma GRANDE DESIGUALDADE ao compararmos a qualidade de instrução que alunos destes 200 municípios (pública e privada) recebem em relação aos alunos de escolas particulares de Petrolina e Juazeiro. Portanto, para se aplicar um bônus EXIGE-SE UMA COMPENSAÇÃO SOCIAL, o que no caso não se aplica. Adotar o BÔNUS, será impor a DITADURA DA MINORIA.

  19. Educador disse:

    Por mais uma vez não considerar essa medida protetiva xenófoba, pela liquidez dos que querem a derrubar, gostaria de tecer mais um comentário; Estudem contra-bônus para que vocês não sejam apenas os piores de suas respectivas regiões tirando a vaga dos melhores da nossa! BÔNUS JÁ!

  20. intelecto disse:

    Rose, primeiramente, quero te dizer que não bebo, não escuto música ruim(inclusive sou músico) e já terminei o meu tão sonhado curso na Univasf. E você, já passou pelo menos? Por favor, da próxima vez que for argumentar, use argumentos coerentes e inteligentes, pois pelo que você comentou, creio que nem um bônus de 200% te daria uma boa educação.

    Agnus Dei, eu nunca li tanta bobagem em um só comentário. Quero te dizer antes de qualquer coisa que sou de colégio público, e meus pais não tem uma boa condição financeira. Terminei meu ensino médio e tive que estudar 4 anos em um cursinho com bolsa por não ter condição de pagar. Mas sou uma exceção dentre os milhões de nordestinos que nem sequer tem beneficio de uma bolsa por tanto tempo, isso se existir curso pré-vestibular em suas cidades. Felizmente, comentários como o seu não irão fazer diferença alguma no objetivo da UES. Você é um hipócrita, pois vem querer defender a isonomia, porém discrimina uma pessoa só por ela usar uma das variantes da língua portuguesa.

    Vincular esse movimento às escolas privadas, desculpe-me, mas é muita tolice. De qualquer forma, responda-me uma pergunta: certo que na sua opinião a adoção de um bônus não ajudaria as pessoas dos mais de 200 municípios e que só iria entrar as pessoas de escolas “privadas”, mas e sem o bônus? A ausência de um bônus traz que benefícios para elas? A ausência de um bônus acentua a desigualdade entre as regiões, se você parasse pra pensar, iria perceber isso. Quanto à compensação social, creio que deva existir de qualquer forma, com ou sem bônus. E esse é o primeiro passo dessa tal compensação social. Você deve achar que o bônus é algo permanente, mas não é. Eu pesquisei e vi que esse bônus seria algo temporário até a situação das regiões se igualarem. Outra coisa, quando eu fiz minha prova de vestibular na Univasf, ainda era o vestibular tradicional, e te digo que o bônus tem a mesma proposta do vestibular tradicional. Ou você acha que alguém do sul ou centro oeste, viria para nossa região apenas prestar o vestibular? O mesmo vale pra UPE e UFPE, aliás, a UFPE já se antecipou e adotou o bônus em sem campus de Caruaru. Enfim, se for comentar novamente que esse é um movimento burguês, melhor não comentar. Quero discutir o assunto com pessoas inteligentes que tem um bom argumento que seja contra a adoção, e até agora não vi nenhum que mude a minha mentalidade. Complementando o que o “Estudante” falou ali em cima: se você tá sendo contra porque tem alguém próximo querendo vim cursar e prestou o ensino médio fora da região, isso se chama egocentrismo.

    1. AGNUS DEI disse:

      Estudo não é uma questão de inteligência, e sim de hábito. A coisa mais fácil será burlar os critérios que você insiste, teimosamente, na adoção do bônus. A única possibilidade de adotar algum bônus seria para os nascidos na região e que tenham cursado escola pública todo o ensino médio. Desta maneira, seria muito difícil burlar taus critérios. Mesmo assim, a UNIVASF teria de abdicar do ENEM para adotar tamanho ato barrista, pois esta universidade é FEDERAL, e não municipal, estadual ou regional.
      PS> Em um país que só tem corrupção estampada nas manchetes dos jornais, será impossível impedir que pessoas de má índole comprem certificados de conclusão do ensino médio da região ou comprovantes de alguéis pagos em casas da região, mesmo sem ter estudo ou morado nela.

    2. AGNUS DEI disse:

      … tais critérios …

  21. Educadora disse:

    O Bônus que a UFPE, UFAL, UFRN, UFPA, UFRRPE, UFRRJ, UNIFESPA e a UnB adotam, para suas respectivas regiões de abrangência tira os sertanejos da competição nessas universidades. Então Agnus dei e “os contra-bônus” isso é xenofóbico em relação ao Nordeste? Muita paciência em ler a comparação entre a lei do Boi e a política de bonificação… quanta incoerência!!! É licito comparar fatos semelhantes. Os sertanejos todos precisam ter desempenho excelente, bem acima de 700, caso contrário, o bônus quando implantado acresce percentual. E só será premiado os excelentes estudantes sertanejos das redes pública e privada. Lei do boi não se fazia nenhuma seleção. Prezado “contra-bônus”, use argumentos mais plausíveis.
    Bônus já!!! Se outras federais podem, por que a UNIVASF não pode adotar, sendo ela de mesorregiões de baixa renda per capita??? Quero essa resposta. Com paradigmas tecnicamente válidos.

  22. intelecto disse:

    A USP é barrista, né? a UFPA, UFPE etc. A UFPE de Caruaru adotou o bônus, mesmo sujeito a tais falhas referentes a falsificação de certificados. Mas se tiver ocorrido, isso impediu que 98% das vagas fossem preenchidas por pessoas de lá da sub-região? Você quer argumentar contra o bônus porque existe a chance de 1/100000 pessoas conseguir entrar em uma faculdade de forma ilegal? Já ouviu falar também em compra de vagas? Tenho certeza que uma pessoa pensaria duas vezes ao fazer um certificado falso, uma vez que se investigarem e descobrirem, ela perde o direito de cursar em qualquer lugar do Brasil. Sem contar na diferença de sotaque né? Até mesmo os alunos perceberiam isso. A Univasf pode ser o que for, se o MEC abriu uma portaria para que o bônus pudesse ser adotado por QUALQUER universidade FEDERAL ou não, vinculada ao ENEM, deve ser porque é uma medida legal, não é? Ou você acha que essa ação afirmativa não foi bem pensada antes de ser colocada em vigor?

  23. Educadora disse:

    AGNUS DEI… o seu codinome quer dizer Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Não use o Santo nome em vão. Pelas suas expressões e paradigmas, realmente não é um sertanejo.

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