Número de mulheres protegidas por monitoramento eletrônico cresce em Pernambuco

por Carlos Britto // 05 de novembro de 2020 às 13:01

Foto: Reprodução/Google

Apesar das campanhas de conscientização e punições mais severas, a violência contra a mulher continua apresentando números alarmantes. Um levantamento da Secretaria da Mulher de Pernambuco apontou que, em 2020, o número de vítimas protegidas por monitoramento eletrônico no Estado cresceu 11% em comparação com o mesmo período de 2019.

Esse tipo de monitoramento ocorre quando o agressor e a vítima utilizam, durante 24 horas por dia, equipamentos de GPS que fiscalizam a aproximação entre os dois, evitando o descumprimento das medidas protetivas estabelecidas pela Justiça. A alta foi registrada durante um momento de maior fragilidade para as mulheres que sofrem com violência doméstica, a pandemia da Covid-19.

A coordenadora de Justiça e Segurança da Secretaria da Mulher, Michelle Couto, acredita que o aumento no número de mulheres e agressores usando tornozeleira eletrônica tem relação com as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus. “Alguns presos que são do grupo de risco precisaram ser liberados, como uma medida de prevenção à covid-19. Um dos requisitos foi o de que eles usassem tornozeleira eletrônica e fossem monitorados, tudo isso foi realizado em parceria com o Judiciário para garantir a proteção das mulheres vítimas da violência”, afirma. 

Michelle também afirma que, na pandemia, foi criado um formato mais simples para que as mulheres não precisem se deslocar até as delegacias para denunciarem o descumprimento da medida protetiva. O boletim de ocorrência passou a poder ser feito via internet, facilitando a comunicação entre as vítimas e a polícia. Neste ano, cerca de 30 mil casos de violência doméstica e familiar contra a mulher já foram registrados no Estado de Pernambuco. Apesar do número representar uma queda de 5,44% em relação ao ano passado, a maior facilidade para o registro da denúncia é vista como avanço. (Fonte: JC Online)

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