No Dia Nacional dos Surdos, presidente de entidade em Petrolina diz que dificuldades ainda são muitas

por Carlos Britto // 27 de setembro de 2019 às 21:39

O Dia Nacional dos Surdos, comemorado ontem (26), não passou em branco na Casa Plínio Amorim. Representantes da Associação dos Surdos de Petrolina (ASP) tiveram autorização do presidente da Mesa Diretora, Osório Siqueira (PSB), na sessão desta quinta-feira para falar sobre a data.

Em entrevista à imprensa por meio de uma intérprete, a presidente da entidade, Maria Helena Soares Oliveira, ressaltou as conquistas já alcançadas pelos surdos, sobretudo por meio do Instituto Nacional de Educação dos Surdos. No entanto, ainda há muitos problemas enfrentados por essa faixa de público.

Maria Helena citou Petrolina como exemplo, onde em 2015 um projeto de lei com o intuito de incluir a Língua Brasileira de Sinais (Libras) no currículo escolar dos estudantes das séries iniciais na rede municipal acabou não vingando. “Falta essa acessibilidade, e é muito importante a valorização do ensino de Libras nas séries iniciais. Está aqui a lei, que foi vetada em 2015”, lamentou.

A presidente citou inúmeros locais na cidade onde a acessibilidade para os surdos não existe, como os hospitais, obrigando-os muitas vezes a levarem seus familiares para traduzir o que é repassado. Para completar, o número de intérpretes ainda é pouco. “Em Petrolina, mesmo, só existe uma central de Libras. Precisamos de duas centrais”, destacou. Maria Helena disse que outro obstáculo é o desconhecimento da maioria da sociedade em relação ao tema. “A barreira e o sofrimento ainda são muito grandes”, finalizou.

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