Mulher critica demora do HU em fazer cirurgia de sua mãe internada há mais de dez dias; Hospital esclarece

por Carlos Britto // 08 de julho de 2019 às 14:00

Há mais de dez dias a comunitária Maria do Socorro de Barros, de 59 anos, está internada no Hospital Universitário (HU) de Petrolina. Ela sofreu um acidente doméstico e fraturou o fêmur. Agora, aguarda por uma cirurgia. No entanto, a demora da unidade médica em realizar o serviço levou a filha da comunitária, Simone Alves, a desabafar.

Ela informou ao Programa Carlos Britto que sua mãe está com todos os exames necessários para o procedimento, e até o momento nada. “O sofrimento é grande porque ela está acima do peso, e para fazer as necessidades fisiológicas é horrível. Ela é bastante pesada pra gente levantar e colocar o aparador. Além disso as costas dela estão assadas, as pernas e o calcanhar doem. Ela também já está começando a sentir dores até nos rins, porque devido a esse tempo em que ela se encontra só deitada, pode haver o risco de infecção urinária ou mesmo uma infecção hospitalar”, lamentou.

Simone contou que os médicos dizem a ela apenas para aguardar a vez da sua mãe, mas não dão uma previsão de quando a cirurgia acontecerá.

Ela disse ainda que sua mãe ainda tem de enfrentar a superlotação da unidade, além de ter tomado conhecimento de que há pacientes com mais de 30 dias esperando por exames.

Nota

Por meio de uma nota de esclarecimento da assessoria, a direção do HU informou o seguinte:

A senhora Maria do Socorro de Barros (59) foi acolhida pelo Hospital Universitário, no dia 27 de junho, apresentando uma fratura no fêmur. A paciente passou por uma cirurgia para a colocação de uma tração ortopédica e agora aguarda a realização de exames cardiológicos que avaliarão se ela apresenta as condições clínicas necessárias para ser submetida a mais um procedimento. Enquanto aguarda, a paciente vem sendo acompanhada pela equipe multiprofissional do hospital. O HU-Univasf compreende a aflição dos familiares da senhora Maria do Socorro, mas ressalta as dificuldades que enfrenta por conta da alta demanda que recebe. A unidade possui 130 leitos e existem, hoje, 199 pessoas internadas, representando uma taxa de ocupação de 163%.

HU-Univasf/Ascom

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