Mortes nas rodovias federais em Pernambuco caem 14,2%, diz PRF

por Carlos Britto // 24 de janeiro de 2019 às 17:28

Foto: Nucom/PRF divulgação

Um balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou uma redução de 14,2% na quantidade de mortes em 2018, nas rodovias federais de Pernambuco. O total de mortes diminuiu de 343, em 2017, para 294, no ano passado.

O total de pessoas feridas caiu de 3.086 para 2.736, uma redução de 11,3%. E o número de acidentes registrados pela PRF passou de 3.435 para 2.699, uma diminuição de 21,4%.

Pela primeira vez nos últimos nove anos, a quantidade de mortes ficou abaixo de 300.

O maior número de vítimas mortas ocorreu em 2010, quando 475 perderam a vida em acidentes nas rodovias federais do estado.

Perfil

Entre as principais causas dos acidentes com morte no ano de passado, destacam-se a falta de atenção (35%), que pode ocorrer tanto por parte do condutor como do pedestre, desobediência às normas de trânsito (15,3%), velocidade incompatível (11,5%), ingestão de álcool pelo motorista (6,4%) e condutor dormindo na direção do veículo (5,7%).

O tipo de acidente que mais resultou em mortes foi a colisão frontal (22,7%), que ocorre principalmente nas ultrapassagens indevidas. Em seguida, os atropelamentos (15,6%), as saídas de pista (13,6%), as colisões traseiras (11,9%) e as colisões transversais (10,2%).

A maioria das mortes (53,4%) ocorreu à noite, enquanto 46,6% das ocorrências fatais foram registradas durante o dia, ao amanhecer ou ao entardecer. Foi verificado que 87% dos mortos eram do sexo masculino e 13% do sexo feminino.

Os trechos de pista simples concentraram 62,2% das vítimas mortas e 37,7% em trechos de pista dupla. A maior parte das mortes (90,7%) ocorreu em condição de pista seca e 9,3% com a pista molhada. Apesar dos riscos em dirigir sob chuva, foi com céu claro que ocorreram mais mortes, com 75,9% do total.

Ações de fiscalização

Ao longo de 2018 foram consultados 186.726 veículos e 212.141 pessoas, sendo emitidos 104.555 autos de infração por diversas irregularidades. Destacam-se 6.036 autuações por ultrapassagens em local proibido, 5.236 pelo não uso do cinto de segurança, 1.044 pela falta do capacete e 618 pela ausência dos dispositivos de retenção para crianças (bebê-conforto, cadeirinha ou assento de elevação). Além disso, foram registradas 32.036 imagens de radar por excesso de velocidade.

No combate à alcoolemia foram realizados 83.077 testes com o bafômetro, que resultaram em 1.729 motoristas autuados e 177 presos pela mistura de álcool e direção.

As ações de educação para o trânsito, que tem como objetivo conscientizar sobre cuidados para evitar acidentes, alcançaram 27,4 mil motoristas e passageiros, enquanto as atividades de Direitos Humanos sensibilizaram 13.748 pessoas.

A Base de Operações Aéreas da PRF, que atua em conjunto com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), realizou o resgate e remoção de 29 vítimas de acidentes. No total, foram realizadas 225 missões aeromédicas e policiais com a utilização do helicóptero.

No ano passado, foram recolhidos 835 animais que estavam soltos nas rodovias e registradas 5,2 mil toneladas de mercadorias com excesso de peso em veículos de carga.

A fiscalização resultou ainda no recolhimento de 9.738 veículos, 8.954 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs) e 2.072 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs).

Combate ao Crime

Entre janeiro e dezembro do ano passado, a PRF recuperou 198 veículos, apreendeu 29 armas de fogo, 207 munições, 270,5 mil maços de cigarro, 325,9 quilos de maconha, 30,6 quilos de crack, 2,5 quilos de cocaína e 193 unidades de anfetamina. Além disso, foram detidas 638 pessoas por diversos crimes, como roubo, receptação, porte ilegal de arma, contrabando, tráfico de entorpecentes, uso de documento falso, com mandados de prisão em aberto e por crimes de trânsito.

Nesse período, também foram resgatados em conjunto com órgãos ambientais, 136 animais silvestres e 82 animais exóticos. A apreensão de bebidas ilegais. As informações são do Núcleo de Comunicação da PRF.

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