Moradores denunciam rotina de insegurança na Vila Vitória: “É uma violência atrás da outra”, diz leitora

por Carlos Britto // 11 de fevereiro de 2020 às 15:47

No bairro Vila Vitória, zona norte de Petrolina, a insegurança e os constantes assaltos preocupam populares que residem próximo à Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes. Seja de dia ou à noite, famílias são expostas a homicídios, tráfico de drogas, perturbação e até mesmo racha entre motociclistas. A rivalidade entre os ex-detentos é um agravante. O Blog ouviu uma moradora sobre os problemas na comunidade.

No último sábado (8), repercutiu na imprensa o assassinato a facadas de uma mulher que havia se mudado há poucos dias para o bairro. Menos de 24 horas depois, uma rixa entre ex-presidiários acabou numa tentativa de homicídio nas proximidades de uma escola. O caso foi presenciado pela leitora.

Um deles estava bebendo em um bar quando viu o outro passando. De algum jeito ele pegou uma faca e um facão e saiu correndo atrás do outro. Disseram que um amigo dele ainda conseguiu tomar o facão, mas ele conseguiu esfaquear o outro com a faca”, relata a comunitária que afirmou ter recebido o pedido de socorro da vítima. “Daí eu estava em casa, quando ouvi o portão batendo, fui atender e me deparei com o homem ensanguentado”.

A vítima recebeu primeiros socorros de populares e depois foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém a moradora não soube informar o nome do esfaqueado nem seu estado de saúde.

Sem paz

Por medo de represálias, muitos moradores preferem não falar sobre o assunto. Mas, de acordo com a leitora, que pediu o anonimato, a violência na localidade tem aumentado tanto que já se tornou “insuportável”. “A gente não pode mais sentar na calçada porque quando não é a violência e a agressão, são as distribuidoras de bebidas que ficam numa competição pra ver qual tem o som mais alto. Como isso ainda é pouco, os motociclistas bêbados ficam pegando racha e fazendo ‘zig-zag’ na frente dos carros”, denuncia.

Ela também diz que, muitas vezes, quando chamam a Polícia Militar, nenhuma viatura aparece para checar a ocorrência, o que tem intensificado a sensação de insegurança. “Esse lugar está precisando de mais policiamento porque é uma violência atrás da outra. Isso deixa a gente assustada. Posso nem ouvir mais alguém bater no meu portão. Pra piorar, tem 15 dias que tentaram arrombar minha casa, quase derrubam o portão e passei a noite sem dormir”, relembra.

Por fim, a moradora conta que até mesmo as crianças têm mudado a rotina escolar por causa da criminalidade. “No final do ano passado, houve uma troca de tiros que obrigou as mães buscarem seus filhos correndo, todas desesperadas com medo de acontecer algo de ruim com seus filho”, finaliza.

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Últimos Comentários

  1. Era tão articulado que foi eleito sem voto pelos militares. Não ganhou por mérito próprio, foi imposto.