Um fato vem chamando a atenção no Loteamento Monte Carmelo, em Petrolina. Segundo uma moradora, pela Avenida Nossa Senhora do Carmo (considerada a avenida principal), que dará acesso ao hospital de campanha onde serão tratados os pacientes com novo coronavírus (Covid-19), passam diariamente – inclusive finais de semana e feriados – caminhões com dejetos fecais que despejam esse material a céu aberto, na beira do rio (vizinho ao hospital).

“É uma subestação que bombeia para uma estação de tratamento vizinha ao matadouro municipal. Não entendemos por que não é feito na própria estação de tratamento”, indaga.

Ela alega que, como a avenida principal não é pavimentada, o intenso fluxo desses caminhões provoca um levantamento de poeira nociva as habitações à margem direita da avenida(Monte Carmelo, condomínios Água Viva, Iate Clube, entre outros).

“Tal poeira é provavelmente a causa de sérios problemas respiratórios, principalmente em pessoas vulneráveis, inclusive em idosos e crianças. Ademais, além de ocasionar outros problemas correlatos, como destruição de rede de água potável, danificação das vias, provocando erosão em época chuvosas e, como agravante, também trazendo prejuízos às habitações, fazendo com que os moradores incorram em custos complementares na recuperação de imóveis. Solicitamos providências cabíveis e agradecemos”, desabafa a comunitária.

Resposta

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que os caminhões limpa-fossas não despejam os dejetos a céu aberto, como informado pela moradora. “Os efluentes coletados pelos veículos são descartados em um poço de visita, localizado em frente à Estação Elevatória de Esgoto da Pedra do Bode, que por sua vez faz o bombeamento para Estação de Tratamento de Esgoto – Centro”, frisou a empresa.

“Vale destacar que o ponto de descarte dos efluentes deve estar localizado em um nível abaixo do reservatório da Estação de Tratamento, como é o caso do poço de visita citado, pois só assim é possível bombeá-lo a fim de realizar o tratamento. Todos estes locais são apropriados e regularizados, e ainda possuem uma grande estrutura para tratar e evitar que os efluentes causem danos ao meio ambiente e à população”, completou a nota da Compesa.