Missão da agropecuária baiana retorna da China comemorando resultados

por Carlos Britto // 27 de maio de 2010 às 21:01

Investimentos chineses na Bahia nos segmentos de energias renováveis, (biodiesel, solar, eólica e biomassa), da pesca, de carnes, dos grãos, do algodão, da agricultura familiar, e possibilidades de exportação de frutas industrializadas no Vale do São Francisco, além da instalação de um escritório permanente de negócios da agropecuária baiana em Pequim.

Esses são alguns dos resultados obtidos pela missão à República Popular da China, chefiada pelo secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, e pelo superintendente de Políticas do Agronegócio, Jairo Vaz. O grupo retornou a Salvador na madrugada desta terça-feira (25), trazendo na bagagem planos e compromissos de parcerias com o empresariado chinês.

Nesta sexta-feira (28), a vice-governadora de Shandong, Wang Suilian, retribui a visita e participa, no Hotel Pestana, ao lado do governador Jaques Wagner e do secretário Eduardo Salles, da implantação de 12 câmaras setoriais, passo fundamental para a elaboração do planejamento estratégico para a agropecuária baiana para os próximos 20 anos.

De acordo com Eduardo Salles, existe uma identificação muito forte entre a Bahia e Shandong, estados-irmãos há dez anos. “A população de Shandong é de 93 milhões de pessoas, metade da brasileira. Cerca de 60% da população vive na área rural, em propriedades de 1 hectare por família. “Eles são muito fortes na agricultura familiar e também na área de pesca. Nós podemos estabelecer parcerias de cooperação nas áreas de tecnologia e de pesquisas, e intercâmbios no setor da agricultura familiar”, disse Salles, lembrando que a Bahia tem o maior contingente de agricultores familiares do Brasil, com 662 mil famílias.

Além desta semelhança, assim como a Bahia Shandong, se caracteriza também pelo processo de verticalização da agropecuária, por ações para elevar a qualidade dos seus produtos e para promover a exportação. Shandong é responsável por 9,4% de toda exportação da China. Cerca de 25% das exportações chinesas vem da pesca, verduras e pecuária. “Temos tudo em comum para estreitarmos as relações, pois temos as mesmas prioridades”, afirma o secretário.

Eduardo Salles anunciou que como resultados da missão, uma comitiva formada por pesquisadores, empresários do setor da pesca e por representantes do governo chinês, virá à Bahia negociar a realização de intercâmbio e investimentos no setor de pesca oceânica, criação e beneficiamento de pescados.

Uma comitiva do setor de grãos e algodão também virá à Bahia. A maior trading de algodão, possuidora de um forte parque industrial no setor têxtil também virá, nos próximos meses, ao Estado para discutir a formatação de parcerias com os produtores do Oeste.

Para os dias 27 e 28 de junho já está agendada a visita de um grupo de empresários chineses do setor da carne. No dia 27 eles vão participar, na Seagri, de reunião com criadores e técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Adab. No dia 28 os investidores chineses farão uma visita ao Frigorífico de Amargosa.

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