Ministro FBC e governador Eduardo Campos firmam termo de compromisso para recompor caatinga no sertão do Araripe

por Carlos Britto // 20 de setembro de 2011 às 21:32

O Governo de Pernambuco e o Ministério da Integração Nacional vão começar a recompor a caatinga devastada na região do Araripe. Convênio entre as duas instituições, assinado nesta terça-feira (20/09), em Brasília, vai viabilizar o repasse dos recursos necessários à implantação de projetos-piloto em cada um dos15 municípios da região, nos quais a vegetação nativa será recuperada e os agricultores capacitados para fazer a exploração sustentável.

“Esta é uma ação de grande impacto econômico e social. Fala à sobrevivência de centenas de milhares de famílias pernambucanas, ao tempo em que aponta o rumo da preservação ambiental e do respeito à natureza com uma gestão ambiental moderna”, comemorou o governador Eduardo Campos, ao final da solenidade, ao lado do ministro Fernando Bezerra Coelho.

O Araripe, alto sertão pernambucano, está sob forte degradação ambiental, com o desmatamento da Caatinga. O Polo Gesseiro é a principal atividade econômica da região, responsável por mais de 13 mil empregos diretos e 66 mil indiretos, com faturamento da ordem de US$ 300 milhões por ano (mais de R$ 500 milhões). A matriz energética da indústria do gesso do Araripe é composta de mais de 70% de lenha, retirada da Caatinga da região e de estados vizinhos.

“É um ponto de partida muito importante no enfrentamento da problemática ambiental do Araripe”, afirmou o ministro Fernando Bezerra Coelho. O Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável, do Ministério da Integração, prevê um conjunto de ações que vão da realização do zoneamento agroecológico até o plantio de florestas energéticas, ou seja, de espécies vegetais adaptadas para a produção de lenha, preservando a caatinga.

Além do ministro e do governador, estiveram presentes no evento o presidente da Codevasf, Clementino Coelho, e o presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito. “A lógica do programa é garantir biomassa para mover a indústria gesseira partindo do pressuposto que o agricultor só vai cortar as árvores que plantou”, comentou Júlio Zoé. No total serão investidos na primeira fase do Programa R$ 6,4 milhões na etapa pernambucana. A mesma ação terá desdobramentos no Piauí e no Ceará, estados que compartilham áreas com as características ambientais do Araripe. (com informações SEI-PE/foto: MIN)

Ministro FBC e governador Eduardo Campos firmam termo de compromisso para recompor caatinga no sertão do Araripe

  1. ANTONIO CARLOS CHAVES-ENGENHERO AGRÔNOMO disse:

    Senhores Governador/Ministro, estou tentando difundir o plantio da árvore TABEBUIA CARAÍBA(CARAIBEIRA) onde for possivel no Nordeste Brasileiro.Acho que não custaria muito tentar implantar neste Projeto minha idéia.Sou funcionário da CODEVASF lotato em Juazeiro.Caso haja interesse mostrarei porque cheguei a esta conclusão.Por sinal já tomei a iniciativa de enviar para AGROVALE aproximadamente 8.000 mil sementes para serem transformadas em mudas de caraibeira e distribuidas para o Nordeste.Este trabalho custou apenas R$40,00 (quarenta reais) porque as mudas serão feitas gratuitamente pela AGROVALE.Meus telefones de contato são 74-36120494 ou 74-88084299.

  2. Eracildo disse:

    sou, filho natural da caatinga do sertao do araripe, é com orgulho que leio essa materia e parabenizo a Vsa.excelencia pela essa iniciativa tão justa que assim possa vim a recompor a nossa caatinga e nos possamos a ter uma vida melhor, parabens Fernando Bezerra e Eduardo Campos.

  3. malan calazans disse:

    Hoje é a industria gesseira que dizima a caatinga do araripe. Ontem a Cia. de Navegação do São Francisco(continuadora das cia. mineira de navegação e da bahiana), destruiram os grandes maciços florestais ciliares ao longo das margens do Rio S. Fcº. Em trabalho de consultoria para o Sebrae-Ba, tivemos oportunidade de comprovar tal ocorrido, no municipio de Morpará, que era porto de lenha. Paralelo ao consumo de lenhas pelos gaiolas, os nossos trens da extinta Leste Brasileira, faziam uso das caatingas que tangenciava as ferrovias.Não haviam nenhuma censura e pouco se fez p/revegetar estas regiões. Existem variedades enegérticas adaptáveis ao nosso bioma. Que tal se nosso ministro estender este projeto às áreas acima mencionadas? Malan Calazans-consultor

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