Ministério Público do Trabalho abre inquérito para investigar empresa pernambucana que importou material hospitalar dos EUA

por Carlos Britto // 19 de outubro de 2011 às 06:45

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades trabalhistas na empresa Na Intimidade, importadora de material hospitalar descartado dos Estados Unidos, usado na confecção de forros de bolsos. Inicialmente, o objetivo da investigação é apurar dois indícios que o órgão tomou conhecimento ontem (18): trabalho infantil e ausência de uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI). O procedimento foi aberto pela procuradora do Trabalho Ana Carolina Ribemboim, lotada em unidade do MPT em Caruaru, que atende a Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, municípios em que a empresa possui depósito.

De acordo com Ana Carolina, que ficará à frente da investigação, informações sobre os problemas começaram a circular por Caruaru. Em uma rádio, um pai falou que os filhos, menores de idade, trabalhavam na empresa. Em outra entrevista, foi noticiado que funcionários, cerca de 13 pessoas, trabalhavam sem os EPIs. Segundo a Constituição Federal, só é permitido trabalhar a partir dos 16 anos, exceto nos casos de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, nos quais a idade mínima se dá aos 18 anos. Também é permitido o trabalho a partir dos 14 na condição de aprendiz.

Quanto ao manuseio do material hospitalar, a procuradora esclarece que o correto, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seria ele nem acontecer, vez que a reciclagem desse tipo de resíduo é proibida. No entanto, havendo contato, como no exemplo de lavanderias, os profissionais deveriam instados pelo empregador a usar os equipamentos de proteção, além de adotar medidas preventivas como vacina contra hepatite. “O uso do EPI não é uma faculdade do trabalhador. Antes de tudo, ele precisa ser colocado pelo empregador, que deve fornecer o material sem custo e em boas condições para o empregado”, lembra a procuradora.

Os fatos precisam ser apurados. Devidamente verificados e comprovados esses e/ou mais ilícitos, o MPT traçará a sua atuação, para sanar a situação, bem como reparar as pessoas e toda a sociedade pelo dano moral”, afirmou.

Pedidos

No despacho de abertura do inquérito, a procuradora do Trabalho também pediu a expedição, com urgência, de ofício à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e à Anvisa, requisitando o envio de toda documentação referente ao caso, como ainda, do relatório pericial, do Instituto de Criminalística de Pernambuco, de análise das substâncias encontradas nos tecidos comercializados. À Polícia Federal demandou cópia do Inquérito Policial instaurado e à Gerência Regional do Trabalho e Emprego, fiscalização no âmbito dos galpões da empresa, com a maior brevidade.

Histórico do caso

Dois contêineres contendo 46 toneladas de lixo hospitalar importados pela empresa Intimidade, de Santa Cruz do Capibaribe, foram apreendidos pela Receita Federal, em Suape, na última quinta. A empresa vende retalhos para forros de bolsos não só no polo de confecções, mas para o Brasil e exterior, pela internet.(Da Ascom/MPT)

Ministério Público do Trabalho abre inquérito para investigar empresa pernambucana que importou material hospitalar dos EUA

  1. Feeling disse:

    Só podia mandar pra onde? Pra Pernambuco mesmo, kkkk

  2. claro disse:

    Caramba, os PERNAMBUCANOS andam vestidos em lixo hospitalar. Será que é por isso que ricife fede tanto? Ah não o fedor de ricife é por causa dos rios de mer… que cortam a cidade. RICIFE – ÚNICA CIDADE DO MUNDO COM RIO SÓLIDO!!!
    PERNAMBUCO EM ALTA!!!!

  3. Abelardo Coelho disse:

    Puxa vida!
    Toda desgraça vem para o Nordeste, principalmente para Pernambuco.
    Entretanto, prevalece o velho ditado popular: “Quando a esmola é grande o pedinte desconfia”.
    E agora, como vai ficar o Polo da Sulanca depois deste escândalo?
    Isto foi para o povo se orientar e ver até quando o consumidor é enganado por uma minoria de pessoas sem escrúpulos, enriquecendo, sobretudo, de maneira ilícita, às custas da pobreza e da miséria dos outros. Não estão nem aí, o seu semelhante que se ferre.
    Meus prezados(as).
    Qual será o futuro das calças, bermudas, shorts Jeans (bem tranzadas, top de linha, da moda) entre outras que custavam simplesmente R$ 5,00 (Cinco Reais) e agora o povo sabendo desta maracatuaia, como é que vão suprir o mercado interno e externo? O que será da C & A, Rianchuelo, Renner entre outras.
    E aqueles panos de pratos (com lindos desenhos e estampas) vendidos nas feiras, ruas, por ambulantes entre outras….por preços populares?.
    Honestamente falando, nunca gostei de certas promoções, pois, na verdade, ou o produto esta com defeito ou é vencido.
    Abraços.

    Abelardo Coelho.
    Recife-PE.

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