Médicos do Hospital Universitário poderão entrar em greve nos próximos dias

por Carlos Britto // 07 de fevereiro de 2014 às 06:20

Tadeu Calheiros_SimepeOs médicos do Hospital Universitário (HU) da Univasf poderão deflagrar greve por tempo indeterminado nos próximos dias. A paralisação será definida durante uma assembleia marcada para segunda-feira (10), em Petrolina. Na coletiva de imprensa concedida ontem (4), o diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, afirmou que alguns profissionais da unidade ainda não receberam o salário de dezembro.

“Além das condições estressantes de trabalho, os médicos têm que brigar todo mês para receber seus salários, um direito de todo trabalhador. Recebemos o salário do mês de novembro já em 2014. Para receber o mês de dezembro foi duro, com a iminência de um processo grevista que não ocorreu graças à intervenção do Ministério Público Federal (MPF). No entanto, ainda temos médicos que não receberam o salário de dezembro, ou seja, continua em atraso”, explicou.

O Simepe irá solicitar a intervenção do Ministério do Trabalho para evitar que seja deflagrada a paralisação. De acordo com Tadeu, por causa do atraso constante no repasse do Ministério da Saúde, ainda não há previsão para o pagamento do salário referente a janeiro.

“Chegou fevereiro e o mês de janeiro continua sem previsão. Tentaremos novos acordos para evitar maiores prejuízos, que hoje já atingem toda população. O fato do hospital está aberto não quer dizer que ele está atendendo a contento. Uma interrupção no seu funcionamento pode até se fazer necessária. O Ministério da Saúde, responsável pela saúde da população, simplesmente não repassa o recurso destinado a ela”, comentou.

Falta de credibilidade

Questionado sobre o posicionamento da Univasf diante dos problemas do HU, Tadeu disse que, mesmo com boa vontade, a universidade já teria perdido a credibilidade junto à categoria.

“Tivemos vários encontros com a reitoria da Univasf, inclusive vale destacar que é uma reitoria séria, disponível e com vontade de resolver essas questões. Mas chega um limite que, mesmo ela nos dado um documento assinado garantindo a regularidade do pagamento, isso não é mais cumprido. Então, a credibilidade começa a ser posta em cheque. E sabemos que não pela falta de empenho da universidade, mas pela falta de uma política governamental séria, que traga uma real mudança para a população”, pontuou.

Médicos do Hospital Universitário poderão entrar em greve nos próximos dias

  1. maria madalena de barros disse:

    isso é uma vergonha para nossos convernantes que fala tanto e faz tão pouca por nossa população carende de saúde e educação. falam na copa e por que não pensa melhor uma saúde de qualidade que agente tanto precisa. gostaria quer?os nossos convernantes se manifestases por que a saúde de petrolina esta um cause falta quase tudo.

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