Médicos de Petrolina questionam critérios usados pelo município para seleção em programa federal: “Politicagem e indicação”

por Carlos Britto // 27 de fevereiro de 2014 às 06:20

secretaria saude petrolina_532x355Cerca de 10 médicos de Petrolina estão enviando uma carta ao Governo Federal questionando os critérios utilizados pela Secretaria de Saúde do município para a seleção do Provab (Programa de Valorização da Atenção Básica). Segundo os profissionais, 18 médicos foram classificados para atuarem no município, no entanto há apenas sete vagas.

A carta expõe todas as dificuldades que os candidatos passaram, desde a inscrição até a divulgação do resultado final. Eles querem saber quais requisitos a Secretaria de Saúde utilizou para desempatar o processo e escolher os sete médicos, que já foram até lotados nos respectivos postos de saúde. De acordo com o grupo, tudo foi feito às escondidas.

A falta de transparência na seleção revoltou os profissionais, que denunciam que houve “politicagem e indicação” no processo de escolha. Eles garantem que o município não seguiu os critérios de desempate publicados no edital. Agora, o grupo – que corre o risco de ficar de fora do programa – pretende mobilizar a sociedade na luta pela transparência nas seleções, seja de qual área for.

Vejam a carta na íntegra:

Carta Provab

Médicos de Petrolina questionam critérios usados pelo município para seleção em programa federal: “Politicagem e indicação”

  1. Maria disse:

    É um paradoxo danado. Criticam os programas do governo federal, mas atacam o bolo com uma ganância danada, “né” srs. médicos? Agora, atender direito a população não querem de jeito nenhum é preciso o governo importar profissionais para que o povo não fique à míngua.

    1. Carla disse:

      Querida Maria, antes de falar besteiras e julgar, é preciso conhecer com propriedade do que se está falando. Te convido a ir a várias Unidades Básicas de Saúde espalhadas por esse Brasil, assim como a vários Hospitais Públicos e ver a realidade da saúde brasileira a quantas anda. Quem não é médico não sabe o que é ver chegar um paciente vítima de agressão física, com traumatismo craniano, ferimentos por todo o corpo e sangrando e ver que o Hospital em que está trabalhando não dispõe de um aparelho para realizar exames necessários como Raio X e Tomografia ou simplesmente de material de sutura para “fechar” os ferimentos. Que não dispõe de uma bolsa de sangue caso o paciente chegue a precisar. E que, ao tentar transferir para um hospital que tenha todo esse suporte, veja a vaga ser negada devido superlotação do hospital e, qual resultado? Ver seu paciente falecer ali na sua frente porque você infelizmente ficou de braços atados!!!!
      Mas ninguém enxerga pela parte do médico, pela parte da PRECARIEDADE DAS CONDIÇÕES DE SÁUDE…. você quer médico? Quer quantidade? Coloco à disposição para você 100 médicos em um local que não tenha as mínimas condições necessárias a um atendimento de qualidade….. e aí você me dá um retorno de como foi esse atendimento, de qual foi o benefício!!! Podemos fazer assim?????
      Em relação à importação de médico? Preciso nem comentar! Nós que estamos na área da saúde estamos vendo a quantidade de absurdos que estão fazendo com a população.. a quantidade de prescrições erradas, inadequadas e FATAIS! Que os pacientes dão sorte desses receituários pararem em nossas mãos e nós podermos freiar antes que seja tarde….. e outra, não tem visto o noticiário atualmente não? Não ficou claro o jogo político do Brasil com Cuba? Com os coitados ganhando um absurdo (APENAS 8% – ISSO MESMO, 8 POR CENTO do salário que a eles teria sido acordado e o restante indo ao governo cubano… )
      Informe-se melhor, minha querida, antes de julgar e criticar algo que você, definitivamente, não possui competência para falar!!!

  2. João Régis Souza Costa disse:

    A transparência e a lisura com as instâncias Públicas, jamais será um obséquio, ou mesmo gesto de boa vontade. Ao contrário é um requisito básico, para que as oportunidades sejam de fato iguais em suas tantas demandas. Bem como o papel dos gestores Públicos, possa de fato ser fiscalizado. Primeiro, pela própria população, que de fato é a parte mais interessada, diretamente. Em segunda instância, pelos Órgãos Fiscalizadores Independentes, se é que de fato existem. Ambos, cooperando, no sentido de que venhamos a ter as nossas necessidades mais básicas atendidas, por aqueles que pretendem prestar um serviço Público de qualidade e, voltado de fato para os que dele necessitam. Fiat Lux.

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