Um dos principais responsáveis pelo ‘racha’ do PSB em Petrolina durante a campanha municipal deste ano, o deputado estadual Lucas Ramos deixou a entender que os conflitos internos na legenda foram zerados com a eleição do candidato do partido à prefeitura, Miguel Coelho. No almoço de confraternização com a imprensa e correligionários, ontem (9) na Chácara Milennium, área central da cidade, Lucas mostrou inclusive estar disposto a colaborar com o futuro governo de Miguel.

“Como deputado estadual, eu tenho a função constitucional de ajudá-lo. Afinal de contas, nó tivemos o apoio de quase 16 mil petrolinenses (nas eleições de 2014), que esperam de nós uma postura correta de ajudar o prefeito”, declarou.

O socialista fez questão também de destacar o esforço de Miguel em construir a vitória nas urnas, no último dia 2 de outubro, quando trouxe para seu palanque o primo Guilherme Coelho (PSDB), o qual estava rompido politicamente com o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), pai de Miguel, há 30 anos. Perguntado se será um aliado do prefeito eleito, uma vez que não o apoiou na campanha, Lucas disse que quer colaborar da melhor forma, “apontando o caminho certo e mostrando o que estiver errado”.

“Sou do mesmo partido, PSB. Miguel vem com um alinhamento político junto ao governo federal, com um irmão ministro de Estado. O governador Paulo Câmara tem interesse em ajudar o futuro prefeito de Petrolina, e nós temos a responsabilidade de trazer para cá os investimentos necessários, em parceria com o Governo do Estado, e iremos compartilhar certamente de muitas vitórias”, ponderou.

Secretariado

Lucas também foi questionado se essa aproximação com Miguel poderia também resultar numa eventual indicação de algum nome para compor a equipe do socialista. Até porque o ex-vereador César Durando, que é ligado a Lucas, reforçou o palanque do prefeito eleito (ao contrário do deputado). Mas ele ressaltou que essa é uma prerrogativa exclusiva de Miguel. “Não posso sentar à mesa com o prefeito e oferecer nomes. Essa é uma prerrogativa dele. Mas temos nomes competentíssimos ligados a nós, que desempenhariam qualquer função com muito trabalho e compromisso”, pontuou. “Independente de compor ou não o governo de Miguel Coelho, nós estaremos nos dedicando ao nosso mandato”, completou.

O deputado também não conseguiu escapar da pergunta sobre quem ele votou para prefeito de Petrolina nas eleições deste ano. “Já fui questionado várias vezes pelos companheiros da imprensa, e em todas as oportunidades minha resposta foi a mesma. Vou me abraçar à Constituição: o voto é secreto. Só eu e a urna sabemos”, brincou.