Maria Elena comemora aprovação da revisão de cotas a artistas petrolinenses, mas cutuca colegas de bancada

por Carlos Britto // 17 de maio de 2016 às 19:04

maria elena e cancão

A vereadora Maria Elena (PSB) viveu momentos bem distintos na sessão plenária realizada na manhã desta terça-feira (17) na Casa Plínio Amorim. Um deles foi a alegria em ver aprovado o projeto de lei 050/16, de sua autoria, propondo uma reformulação da lei de cota percentual para a contratação de artistas de Petrolina em eventos patrocinados pela prefeitura municipal. O projeto foi aprovado por 14 votos a zero. O fato curioso é que enquanto a bancada governista foi totalmente favorável ao projeto, os vereadores Dr.Pérsio Antunes (PV) e Ronaldo Cancão (PTB) alegaram que a proposta era ilegal, o que deixou Elena visivelmente irritada.

“A gente tem sempre o respeito pelo contraditório, mas quando a gente vê pessoas tentando colocar problemas onde não existe, tentando somente protelar, chega a um ponto que não dá”, desabafou a vereadora, em relação aos colegas de bancada.

Elena garantiu que o projeto foi amplamente discutido e amadurecido junto à classe artística local, passando também pelo crivo do departamento jurídico da Casa, que atestou sua constitucionalidade. Daí ela ter demonstrado certa surpresa em ver que os questionamentos partiram de onde não esperava. “A gente até esperava que fosse a bancada do prefeito, mas tem colegas vereadores (de sua bancada) que se não jogarem pra plateia, eles não se sentem bem”, alfinetou. A oposicionista direcionou o comentário especialmente a Cancão. “Tenho o maior respeito por Ronaldo Cancão, mas acho que às vezes ele se excede. Toda vez ele tem de fazer seu showzinho à parte, mas eu já disse a ele que tem de parar de achar que vai ser reeleito da tribuna desta Câmara. Aqui é para debates e intervenções apropriadas, mas ficar botando lenha onde não tem fogo?”, alertou.

Reforçando a legalidade do projeto, Elena explicou que a lei de cota não sofrerá alterações. Apenas solicita da administração municipal que na grade de atrações de qualquer evento, a exemplo dos festejos juninos, 50% sejam destinados a artistas da terra – os chamados ‘pratas da casa’. Além disso, a vereadora propõe que do valor total do cachê pago aos músicos consagrados que se apresentarem em Petrolina, a prefeitura destine 30% à cota de participação dos pratas da casa.

Conquista

Para o músico Thamir, o projeto representa “uma conquista” para a classe artística de Petrolina, sobretudo porque representa uma injeção de ânimo na economia da cidade. “Ao invés desse dinheiro ir para fora, vai circular dentro da cidade. A gente é tão carente de políticas públicas, de cultura. Isso também é um reconhecimento para a categoria a qual represento”, declarou o músico, quer agora espera o prefeito sancionar em breve a lei.

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